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domingo, 3 de novembro de 2013

Batam no “rei” Rui, mas não no povinho do NORTE!

O presidente da Câmara do Porto (CMP), Rui Moreira, criticou o modo como a EDP procedeu aos cortes de electricidade esta semana a largas dezenas de lares dos bairros sociais da cidade.
“A nossa preocupação principal é que a CMP não foi informada”, sublinhou o autarca. “A CMP e os seus eleitos devem pelo menos ser informados previamente do que sucede, e nós não fomos informados. Não pode ser. O povo do Porto não pode ser informado através dos fornecedores de serviços daquilo que lhes vai suceder”, acrescentou.
Rui Moreira lamentou também não ter sido informado do fecho da unidade de saúde familiar do centro de saúde de Azevedo de Campanhã. A Administração Regional de Saúde do Norte anunciou nesta sexta-feira que, a partir de segunda-feira, aquela estrutura fica encerrada, por falta de condições de segurança e salubridade. O encerramento foi comunicado um dia depois dos cortes de energia no Bairro do Lagarteiro – cuja população é servida por aquela unidade de saúde – o que indignou a população.
Para além do Lagarteiro, a EDP efectuou cortes de energia nos bairros de Contumil e do Cerco do Porto.
A EDP Distribuição garantiu que os cortes em causa visaram apenas as ligações clandestinas, e não as dívidas. Ontem, contudo, os jornalistas puderam confirmar que quase todas as ligações ilícitas já foram repostas no bairro, por moradores que insistem que as pessoas não pagam porque não podem.
A unidade de saúde familiar de Azevedo de Campanhã também foi ontem palco de uma manifestação que reuniu cerca de meia centena de pessoas, que admitiam ocupar o equipamento para que este não encerrasse definitivamente na segunda-feira, mas que, às 20h, acabaram por acatar o convite da polícia para abandonarem as instalações da unidade, permitindo que ela fechasse à hora normal.
A forma de actuação da EDP, cujos técnicos se fizeram acompanhar por mais de 30 agentes da PSP para realizar a acção no Bairro do Lagarteiro, também foi criticada por Rui Moreira. “Acima de tudo, nestas matérias é preciso dividir aquilo que é uma intervenção legítima, quando se impõe, e aquilo que é a sensibilidade social que é preciso ter”, referiu. “As pessoas que vivem nos bairros não são diferentes de todos nós”, defendeu ainda.
O autarca sublinhou ainda a coincidência de os cortes de luz e o anúncio do fecho da unidade de saúde terem ocorrido depois de o novo executivo municipal ter assumido que a sua principal “prioridade é esta zona da cidade e esta freguesia”. Rui Moreira disse estranhar que, “subitamente, se abata sobre esta freguesia um conjunto de medidas que objectivamente têm impacto sobre a população”.
Moreira sublinhou, aliás, que as dívidas e as ligações de energia clandestinas não existem apenas “desde o período eleitoral” mais recente. “Já existiam antes”, vincou, dispensando-se contudo de apontar responsáveis “por essas políticas” que têm “grande impacte sobre a população”.
Aqui estão 4 assuntos para 1 só destinatário:
1. Uma empresa priva(tiza)da, com legitimidade para o ato praticado, inicia um processo sobre uma parte da população do Porto;
2. O representante máximo da população não é informado, para tentar resolver um problema, que faz parte das suas funções;
3. O ato praticado é apoiado com elementos da PSP;
4. Na sequência é encerrada uma unidade de saúde familiar, que serve os moradores do bairro alvo;
5. Rui Moreira é um autarca recém-eleito, contra a corrente (de alternância) do jogo partidário e fez faísca.
Agora vejamos:
1. Apesar de o corte de eletricidade ser legitimado pelo incumprimento ou abusos dos utentes do serviço prestado, deve haver muiiiitos mais casos por esse país fora, sobretudo em Lisboa, com situação idêntica.
A pergunta que se coloca é: por que o Porto? Aqui há gato com rabo de fora…
2. Embora a EDP não avise o Presidente da Câmara quando corta o fornecimento de qualquer serviço que vende a qualquer cidadão, no caso, dado o número de pessoas, a sua debilidade económica e as consequências de vária ordem, não se entende o silêncio gritado na comunicação social e ficam dúvidas sobre a legalidade de tal procedimento.
A pergunta que se coloca é: será por que o autarca é um “inexperiente” outsider, chamado Rui Moreira? Aqui há gato com rabo de fora…
3. Também não é normal que os funcionários ou contratados da EDP para cortarem a eletricidade a qualquer cidadão nas mesmas circunstâncias venha acompanhado pela PSP, o que só pode ter acontecido com a autorização e o comprometimento dos seus superiores, que por acaso tem na pirâmide um ministro portuense.
A pergunta que se coloca é: estará a instituição e o ministério a defender a EDP ou a hostilizar a população ou o autarca? Aqui há gato com rabo de fora…
4. A sincronia do anúncio de encerramento de uma unidade de saúde familiar cheira a oportunismo gratuito, tanto mais que os motivos alegados de falta de condições de segurança e salubridade são da exclusiva responsabilidade da ARSN.
A pergunta que se coloca é: estará a Administração Regional de Saúde do Norte concertada com a EDP para avisar que o crime não compensa e que a penitência é redobrada, mesmo que o “pecado” seja venial? Aqui há gato com rabo de fora…
5. Tudo conjugado e partindo do princípio de que não há coincidências, verifica-se que há incongruências inexplicáveis com o passado médio e recente.
A pergunta que se coloca é: estará a EDP, por interposta autoridade a dizer a Rui Moreira, que quem manda no Porto não é ele nem os portuenses? Aqui há gato com rabo de fora…
Concluindo, se não houver, rapidamente, idênticas práticas da mesma empresa priva(tiza)da noutras autarquias em que situações idênticas se verifiquem, teremos que avaliar como intencional esta investida, com os objetivos que elencamos.
Ou será uma outra forma inovadora de alargar o conceito de “cortes”, com a ajuda de jagunços?
Vale tudo, até espezinhar os tão “protegidos” pelo executivo “mais desfavorecidos”, sobretudo se forem do Porto?
Quem se mete com este governo leva!
 Mas o Porto é lindo!

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