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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

E mais um caso de um “intelectual” de um rico país…

Deputado social-democrata Frank-Walter Steinmeier está no centro do mais recente caso de político suspeito de copiar trabalho académico. Acusações similares já levaram à renúncia de 2 ministros de Angela Merkel.
MD
O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e atual líder da bancada do Partido Social-Democrata (SPD) no Parlamento, Frank-Walter Steinmeier, é o protagonista do mais recente caso de acusação de plágio académico contra um político alemão. Antes dele, 2 ministros da chanceler federal Angela Merkel renunciaram após ter sido descoberto que partes das suas teses de doutorado eram copiadas.
A Universidade Justus Liebig, da cidade de Giessen, anunciou que fará uma análise científica da dissertação de doutorado de Steinmeier. "O processo durará apenas poucas semanas", garantiu o reitor da instituição, Joybrato Mukherjee.
Steinmeier, que foi vice-chanceler entre 2007 e 2009, concluiu o seu doutorado em direito pela Universidade Justus Liebig em 1991, escrevendo sobre pessoas sem-abrigo. Ele mesmo tinha pedido à universidade "uma avaliação formal das acusações", divulgadas no fim-de-semana.
A revista alemã Focus publicou no domingo uma reportagem citando o professor universitário Uwe Kamenz, que disse haver "evidências claras" de plágio na dissertação de doutorado de Steinmeier. O político, que será um dos líderes social-democratas a negociar com os conservadores de Merkel a formação de uma coligação para governar a Alemanha nos próximos 4 anos, rechaçou a acusação como "absurda".
Projeto analisa dissertações de políticos
Kamenz participa de um projeto que analisa dissertações de políticos à procura de possíveis plágios. Para isso, usa um programa de computador que compara as teses e doutorado com textos de uma centena de fontes.
O relatório que trata da tese de Steinmeier, composto por 279 páginas, aponta 500 trechos com "similaridades" suspeitas. Nele, a "probabilidade total de plágio" é avaliada em 63%. Kamenz havia enfatizado várias vezes no passado que a análise de computador pode proporcionar apenas indícios e que a avaliação final deve ser executada por pessoas.
"A evidência circunstancial é semelhante ao caso da ex-ministra da Educação Annette Schavan", comparou Kamenz, em entrevista à Focus. Schavan teve o seu título de doutorado revogado em fevereiro passado pela Universidade de Düsseldorf, que considerou que ela tinha copiado "sistematicamente e intencionalmente" partes da sua tese, escrita 30 anos atrás.
4 dias após o anúncio da medida, ela renunciou como ministra, tendo, entretanto, iniciado um processo contra a universidade em busca da impugnação da decisão.
Revista patrocinou investigação
Segundo reportagem do jornal Süddeutsche Zeitung, a Focus seria patrocinadora das análises realizadas por Kamenz. Um porta-voz da editora Burda, que publica o semanário, afirmou que a revista forneceu 2 vezes a Kamenz uma quantia de algumas centenas de euros como ajuda de custo para a digitalização de livros. "Isso ocorreu independentemente da investigação sobre determinadas dissertações", afirmou o porta-voz.
O professor de direito Gerhard Dannemann avaliou as possíveis violações cometidas por Steinmeier como menos graves do que as presentes no caso Schavan. Ele considerou grande parte das evidências citadas por Kamenz como "pouco problemáticas".
Nos últimos anos, vários políticos proeminentes tiveram os seus títulos de doutor revogados por terem copiado ilicitamente outras obras nas suas dissertações. Antes de Schavan, o caso que mais chamou a atenção foi, em 2011, o do então ministro da Defesa Karl-Theodor zu Guttenberg, que renunciou. Outros políticos que tiveram os seus títulos cassados por motivo similar foram os integrantes do Partido Liberal (FDP) Silvana Koch-Mehrin, Jorgo Chatzimarkakis e Margarita Mathiopoulos.

2 comentários:

  1. como quem segue as juventudes partidárias sabe bem os "prometedores" são convidados a ficarem mais tempo nas faculades, para prolongar o domino das juventudes que serão os lideres do futuro. claro que quando acaba a "carreira" de jovem fica o dever moral de ajudar o curriculo do futuro candidato a lider. Até aqui nada que os eleitores não mereçam vitoriem. Estranho é a hipocrisia da "admiração" quando a marosca convem ser "descoberta" ; enfim nada que estes eleitores de faz de conta não mereçam = narrativas de faz de conta.

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    1. O mal é que estes plagiadores alemães são bem velhos e do tempo do Fuhrër...

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