A troika deu nota positiva a Portugal ao fim da 8.ª e 9.ª avaliações regulares ao programa de assistência, informou o governo. "Passámos estas avaliações, o que credibiliza Portugal e permite ao país aproximar-se decisivamente do fim do processo de ajustamento", afirmou Paulo Portas.
No entanto, as metas do défice vão permanecer inalteradas nos 5,5% este ano e nos 4% em 2014, mas a TSU não avança. Ao mesmo tempo, o governo e as entidades internacionais reviram em alta a previsão de crescimento para o próximo ano de 0,6% para 0,8% do PIB.
O executivo prepara-se para avançar com uma taxa sobre os produtores de energia, manter a sobretaxa de IRS em 2014 e retomar os leilões de dívida no próximo ano.
As reacções não se fizeram esperar:
O PSD diz que o aval positivo da troika permite manter a expectativa de que o mesmo termine "como sempre esteve previsto" em Junho de 2014.
O CDS-PP enalteceu o abandono da chamada TSU dos pensionistas nas medidas a adotar pelo governo, destacando que tal decisão permitirá "preservar uma paz social e uma solidariedade geracional" tidas pelo partido como "muito importantes".
O PS considerou que a conclusão das 8.ª e 9.ª avaliações a Portugal pela troika indicia que em 2014 os portugueses irão sofrer mais austeridade, dado que a "propaganda" do Governo não conseguirá "disfarçar".
O deputado do PCP, Paulo Sá, afirmou que "ficou claro" que a prioridade do governo PSD/CDS-PP continuará a ser o "financiamento aos bancos" e que "irá manter" todas as medidas de austeridade no próximo Orçamento do Estado.
O líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, assinalou que o Governo falhou na revisão da meta do défice e advertiu que medidas de austeridade anunciadas como "pontuais" passaram a "permanentes" e destacou que "as malfeitorias do Governo continuarão em vigor no próximo ano", nomeadamente a contribuição extraordinária de solidariedade, a sobretaxa do IRS, e "isso mostra que não há qualquer redução da austeridade".
A UGT manifestou-se preocupada com a “intransigência” da troika perante a manutenção do défice em Portugal. Perante este facto, a UGT garantiu que “não aceitará a continuação das políticas de austeridade”.
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considerou que “quando se fala que a ‘troika’ não cedeu relativamente ao défice, mesmo que o Governo consiga atingir os 5,5% do PIB este ano, para alcançar os 4% em 2014 terá de cortar cerca de 2,5 mil milhões de euros”. “Isto é a reforma do Estado”, sublinhou e acusou o Governo de “manipulação e ocultação” ao escusar-se a responder às questões colocadas pelos jornalistas.
Já foi tempo em que o descaramento da troika ia ao ponto de dar “Excelente” ao desempenho do governo, no tempo em que o Gaspar fazia parte da equipa (da troika). Agora já se ficam pela “positiva”, sem valor (acrescentado), que quer dizer algo parecido com o “passou à rasquinha”…
E qual seria a nota que você daria ao trabalho prático (sem relatório) destes 6 meses de (in)atividade governamental, com a ameaça de divórcio pelo meio e a reconciliação imposta pelo patrono?
O povo já avaliou e deu nota muito negativa, o que quer dizer que os parâmetros e os objetivos de um e outros não são coincidentes…
Com Passos ou Portas, com Gaspar ou Luís, sempre foi o que a troika quis…Só falta a avaliação do Tribunal Constitucional, que afinal é o que vale!
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