Os juros da dívida soberana de Portugal estão hoje a subir em todos os prazos, no dia em que arrancam a 8ª e a 9ª avaliação da troika a Portugal.
A troika chega, esta segunda-feira, para iniciar as 8.ª e 9.ª avaliações ao ajustamento. Na agenda estão novas medidas que agravam os cortes na despesa pública e que têm de produzir impacto no Orçamento para 2014.
A subida da idade de reforma (sem penalização) para 66 anos para todos os trabalhadores, público e privado; a revisão das tabelas salariais da Função Pública, acabando com certos suplementos remuneratórios; e um plano B caso o Tribunal Constitucional (TC) venha a chumbar mais diplomas, como o aumento do horário de trabalho no público (para 40 horas) ou o regime de convergência das pensões da Caixa Geral de Aposentações. É este o pesado caderno de encargos para a missão que começa, esta segunda-feira.
Total do crédito oferecido a Portugal no âmbito do resgate financeiro é de €78.000 milhões, mas só em juros vamos pagar quase metade.
Cortes nos salários da função pública (13,3%) estão a trazer poupança de 1.800 milhões, mas 500 milhões servem para pagar o aumento dos juros. Olhando para o sector privado, constata-se uma queda de 4% nas remunerações pagas.
O vice-presidente dos democratas-cristãos no Parlamento alemão (CDU/CSU), de Angela Merkel, defende a manutenção da austeridade na UE, mas aliada a uma "política de crescimento sensata", como solução para sair da crise, apontando Portugal como exemplo.
Pronto! Já sabemos que “isto” dos juros da dívida não tem nada a ver com nada, a não ser com alguma pressão, que tem resultado, para nos irmos habituando e aceitando a condenação à morte lenta… Se assim não fosse, 2 anos depois de se ter ultrapassado a “linha vermelha” dos 7% e depois de todo o “sucesso” conseguido com as receitas que nos aviaram, estaríamos muito abaixo, mas “inexplicavelmente” a taxa está mais alta e nós mais em baixo…
Provavelmente há justificações “científicas”, mas poucos são os iluminados que as entendem!Para além da pressão, no fim fica-nos a impressão de que nos andam a “chular”, apesar de dizerem que os juros da troika até foram em “rebajas” (quase 50% do empréstimo), mas fica-nos também a certeza de que, quando é preciso, HÁ DINHEIRO, porra!
E sempre é verdade de que não há dinheiro para pagar aos Funcionários Públicos e Reformados, porque a guita que lhes vão confiscando vai para o “saco azul” destinado à troika. Já não sabemos se os “troikanos” nos visitam para fazer a avaliação do desempenho ou para recolha das parcelas dos juros, que desta vez até parece ser maior do que a tranche de “ajuda”… E ainda por cima vem dar ideias, pouco inovadoras, para nos sacarem ainda mais, castigando-nos mais ainda, pelos pecados que não cometemos, mas que gente e instituições com (bom) nome cometeram…
Infelizmente, os tais juros baratos, levaram os nossos governantes (de alto gabarito técnico) a rebaixarem os salários dos Funcionários Públicos, sendo que 1/3 dos despojos desta “guerra”, vão direitinhos para o tal “saco azul”, sem grandes resultados, como se vê.
Não deixa de ser estranho, que numa altura que se fala de convergência entre trabalhadores do público e do privado, os primeiros tenham tido um confisco de 13,3% e os segundos apenas 4%. E é isto a CONVERGÊNCIA, para quem não sabia!
E no fim de toda esta imoralidade ideológica, desta desestabilização social e desta ausência de ética política, vem um “CDU/CSU” alemão, correligionário da angélica Merkel, defender a manutenção da austeridade na UE, mas, diz ele, aliada a uma POLÍTICA DE CRESCIMENTO SENSATA, como se está a fazer em Portugal…
Ou o homem nunca cá veio ou está xexé ou ainda goza com os “chulados”…
Ainda bem que isto está a correr bem (para eles)!
Deus que os ajude e a nós que nos desamparem (eles) a loja!
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