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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Um país “podre”, mas “quem desdenha quer mamar”!

O secretário de Estado do Tesouro apresentou a sua demissão e diz que não tem “grande tolerância para a baixeza” com que foi tratado nos últimos dias. Na base da decisão de Joaquim Pais Jorge está a sua participação na apresentação de uma solução de swaps ao Governo de José Sócrates, em 2005, que começou por negar e depois teve que admitir, quando era director do Citigroup. "É este lado podre da política, de que os portugueses tantas vezes se queixam, que expulsa aqueles que querem colocar o seu saber e a sua experiência ao serviço do país."
Interrogado sobre a polémica em torno da sua passagem pela SLN, a holding do BPN, Rui Machete respondeu: "Isso denota uma certa podridão dos hábitos políticos, porque deviam saber em que condições eu passei, em vez de darem notícias bombásticas".
O actual ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, ouvido na comissão de inquérito à nacionalização do BPN, em 2009, garantiu que tinha pouca informação sobre o que se passava no grupo, apesar de ser presidente do conselho consultivo.
"O nosso país não é um país corrupto, os nossos políticos não são políticos corruptos, os nossos dirigentes não são dirigentes corruptos. Portugal não é um país corrupto. Existe corrupção obviamente, mas rejeito qualquer afirmação simplista e generalizada, de que o país está completamente alheado dos direitos, de um comportamento ético (...) de que é um país de corruptos", disse a diretora do DCIAP, numa conferência na Universidade de Verão do PSD.
Cândida Almeida, magistrada atualmente ao serviço do Supremo Tribunal de Justiça e o rosto do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) durante mais de uma década, diz que o processo BPN é “um mundo”. “Aquilo mexe-se na terra e sai minhoca por todo o sítio. (¿) Só com o reforço de meios e o apoio institucional é que se pode fazer alguma coisa, porque mexe-se numa coisa e sai¿”, diz a magistrada.
Mas o BPN é apenas um dos processos mais visíveis investigados pelo DCIAP: “Há muitos processos com muitos milhões envolvidos e que também não têm, digamos, rosto, mas que são fraudes fiscais em carrossel”.
Tem razão o ex-diretor do Citigroup ao classificar de “podre” o lamaçal em que se movimentam os políticos, só se esquece que andam sempre acompanhados por muita gente “sã”, como ele, que mente como quem respira (com dificuldade), procura apadrinhar esquemas financeiros (usurários) para o país que os seus concidadãos (imoralmente) estão e continuarão a pagar, sem que tal comportamento o esmoreça de querer servir(-se) (d)o país…
Só não se percebe por que quis entrar para a política, conhecendo a porcaria reinante…
 Entretanto, aparece um “Egas Moniz”, Paulo Gray: "Provavelmente terei sido eu a fazer a apresentação" dos swaps ao anterior governo, que agora, trabalha como gestor para a boutique financeira StormHarbour, que foi contratada pelo IGCP para renegociar os contratos swaps do Governo com a banca. “Pior a ementa do que a corneta”…
Eles sabem que os “PIIGS” comem tudo, mesmo que esteja “podre”, porque a fome é muita…
Continuando com a classificação de “podridão” na política, basta recuarmos uns dias para recuperar o desabafo do ex-Presidente do Conselho Consultivo do BPN, que teve a sorte de fazer um bom negócio (legal!) com esse banco, que deu origem ao maior pesadelo que vivemos e pagamos, tendo confessado antes que não tinha muita informação sobre o que se passava no grupo, provavelmente pelos muitos cargos que exerceu durante muitos anos, tendo passado pelo governo e trabalhado para governos. E por isso, o conhecimento do meio político e a assertiva adjetivação…
Só não se percebe por que quis reentrar para a política, conhecendo a porcaria reinante…
Eles sabem que os “PIIGS” comem tudo, mesmo que haja “podridão”, porque a fome é muita…
Para contrariar toda esta “porcaria” confessada por quem de direito e de tesouraria, dizia a especialista nesta matéria, Cândida Almeida, há cerca de um ano, que a corrupção era coisa que não encaixava muito bem nos nossos políticos…
Eis senão quando, vem agora a mesma senhora falar do BPN (a despropósito?), para dizer que “cada cavadela, cada minhoca” e que afinal há muitos milhões (de euros) em muitos outros processos (fraudes fiscais em carrossel), com gente sem rosto, mas com muito boa aparência (digo eu), todos prontos a servir(-se) (d)o país, mergulhados em tudo que é “podre” e “podridão”…
Só falta fazer a classificação das atividades dos privados, que não se privam de comer da mesma gamela de que os “PIIGS” comem e pagam…
Eles sabem que os “PIIGS” já comem tudo, porque a fome é muita…
E há que fazer mais fome…

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