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terça-feira, 16 de julho de 2013

A corrupção na Europa é currículo para governantes…

O ex-tesoureiro do PP espanhol, durante quase 20 anos, afirmou que, em 2010, entregou 25.000 euros da chamada contabilidade paralela do partido a Mariano Rajoy e outros 25.000 euros à secretária-geral, María Dolores de Cospedal.
Luis Bárcenas disse perante um juiz ter feito as entregas pessoalmente, em março de 2010, em notas de 500 euros metidas em envelopes castanhos, e, no caso da secretária-geral, que a entrega foi feita no gabinete dela na sede do partido.
Mariano Rajoy, primeiro-ministro de Espanha desde 2011 e líder do PP desde 2004, foi envolvido por Luis Bárcenas num escândalo de pagamentos irregulares a dirigentes do partido e de donativos ilegais de empresários em troca de contratos de adjudicação. Rajoy nega as alegações.
Luis Bárcenas, o antigo tesoureiro do Partido Popular (PP, direita), afirmou perante o juiz, no dia 15 de julho, que os altos dirigentes do partido, incluindo o primeiro-ministro Mariano Rajoy, receberam prémios irregulares durante anos.
Segundo Bárcenas, que entregou ao juiz documentos sobre a alegada dupla contabilidade dentro do PP, Rajoy recebeu prémios irregulares no valor de 45.000 euros entre 2009 e 2010.
Numa conferência de imprensa, Mariano Rajoy negou as acusações e afirmou que Bárcenas está a “chantagear o Estado”. Mas, El Mundo, o diário que divulgou vários documentos do caso, estima que “as notas de Bárcenas passaram a ser as provas de Bárcenas. Já não são documentos que lhe foram atribuídos, mas notas escritas por ele durante 2 décadas, que refletem a dupla contabilidade do partido, o seu financiamento irregular por doações de empresas do setor da construção e os prémios irregulares recebidos pelos dirigentes do partido.”
María Dolores de Cospedal desmentiu "taxativamente" todas as "mentiras e calúnias" feitas pelo ex-tesoureiro do partido, Luís Bárcenas, que disse à justiça ter entregue dinheiro àquela dirigente e ao atual primeiro-ministro, Mariano Rajoy.
"É completamente falso", disse a dirigente do PP e presidente do governo regional de Castilla-La Mancha, rejeitando também as suspeitas de contabilidade paralela no partido. "Não admito nem admitirei uma chantagem de ninguém, por muito desesperada que esteja pela incapacidade de explicar a origem dos seus milhões na Suíça", disse ainda Cospedal, que "deseja" também desmentir estas acusações em sede judicial.
O presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, afirmou que não tem intenção de renunciar ao cargo, mesmo após a divulgação das acusações do ex-tesoureiro de sua bancada, o Partido Popular (PP), Luis Barcenas. "Eu só digo que a Espanha está a conseguir sair da crise.    Defenderei a estabilidade política. Se os outros querem brincar de outras coisas, a responsabilidade é deles. Eu terminarei o meu mandato", declarou Rajoy.
Mais uma denúncia de corrupção de mais um líder europeu, que (nos) governa, a juntar-se a tantos outros, em vários países e em vários cargos. Foi na Alemanha, na Itália, em França, em Inglaterra, no Luxemburgo, na Espanha e em vários países de leste, na Comissão Europeia, desde presidentes da República, Primeiros-ministros, Ministros, Comissários e Deputados europeus…
Em Bruxelas, com o consentimento dos lóbis, estes atropelos nem são considerados pecados à luz da Moral e da Ética, o que revelaria a dimensão desta peste que, se não contagia, penaliza os contribuintes, nuns casos e noutros põem em perigo a saúde pública, impunemente.
Em Portugal, tem havido apenas alguns pontos com fumo, mas nunca se descobriu que havia fogo, nem em sobreiros…
Mundialmente, se repescarmos o “Offshoresleak”, tão depressa silenciado, teremos a perceção de que anda meia dúzia a roubar toda a gente, impunemente…
O que é comum em todos estes casos, é que o exemplo vem de cima, são sempre valores colossais, que tudo somado chegaria e sobraria para reduzir as desigualdades e despenalizar os inocentes cidadãos que trabalham e não ganham o suficiente para a sobrevivência e pagam para estes abutres.
No caso em questão, destaca-se apenas a confirmação judicial das provas, os montantes, os destinatários atualmente no ativo (os outros artistas safar-se-ão?), a negação dos denunciados (o primeiro-ministro de Espanha e à secretária-geral do PP) e as posições de Cospedal (que está muito desesperada pela incapacidade de explicar a origem dos seus milhões na Suíça) e de Rajoy, que diz que não se demite, porque foi eleito.
E esta de dizer que “foi eleito” é o máximo dos máximos da máxima “democrática” dos dias que correm, que permite aos políticos, nas campanhas eleitorais, prometerem-nos o céu (ou omitirem os diabinhos que os sustentam) e convencerem-se depois que podem, legitimamente, empurrarem-nos para o inferno… É o mínimo da honradez e o máximo da desfaçatez!
Perante as declarações do Primeiro-ministro espanhol, que diz (não se vê) que a Espanha está a conseguir sair da crise (também nós…) e que os outros (os honestos?) querem brincar com estas minudências(?) faria lembrar (a ser verdade) o político brasileiro que se candidatou com o slogan: “Eu roubo, mas faço”!
Na Europa civilizada, rouba-se, aldraba-se, omite-se, faz-se lóbi, confisca-se, etc., mas é tudo gente séria e com currículo para governarem os seus países…
Já chegavam os privados e os bancos, quanto mais os públicos e os cadeirões!
Paradigmas, que contrariam os VALORES dogmáticos…
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