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terça-feira, 26 de março de 2013

O poderio explora-nos e ainda goza com a macacada!

"Penso que o principal objectivo para os preços da electricidade, das telecomunicações e de outros sectores não transaccionáveis é se estão em linha ou começam a cair à medida que a concorrência aumenta ou a procura diminui. Até agora não o estamos a ver e isso é muito desapontante. Se não responderem às condições económicas penso que definitivamente teremos de olhar para o que o se passa e revisitar as reformas", afirmou o responsável máximo da equipa do FMI para Portugal.
"É muito importante que o debate sobre as rendas excessivas em algumas áreas da economia seja revisitado. Este é um aspecto muito importante para garantir uma justa repartição do esforço do ajustamento".
A entidade reguladora das telecomunicações (Anacom) garante que tem tomado medidas para que os preços desçam, mas lembra que não pode fazer imposições nos valores cobrados aos consumidores, já que isso depende do equilíbrio do mercado.
Contactado o regulador da energia, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), preferiu não avançar comentários.
Operadores acusam chefe de missão da troika de fazer declarações não fundamentadas devido a desconhecimento.
Selassie disse muitas asneiras, confessou outras tantas, alguma impotência e prometeu continuar com as mesmas asneiras, para piorar ainda mais a situação. Mas Selassie é estrangeiro e anda a ganhar o dele à custa dos necessitados e só por isso deve fazer algum sentido o que disse sobre os preços da eletricidade (sobretudo), que é um bem essencial, enquanto nas telecomunicações cada um gasta o que pode, mesmo que não deva…
Já a Anacom, que é uma entidade reguladora, nacional, que devia defender os consumidores, nunca está do lado deles (do nosso), como quando foi o caso da TDT, que meteu nojo e agora que diz que não pode impor preços, confessando que é um “verbo de encher”… Para azar da Anacom, a APRITEL - a Associação dos Operadores de Telecomunicações, cola-se-lhe e até a contradiz, afirmando que os preços até desceram…
Mas pior é o comportamento da ERSE, que sendo mais uma entidade reguladora, nacional, que devia defender os consumidores, também nunca está do nosso lado, como quando foi o caso dos “erros” dos contadores bi-horários e só ultimamente obrigou a EDP a ressarcir os consumidores “enganados” e decidiu não aumentar o preço da eletricidade neste trimestre (bruxos!)… Só não ficou bem na fotografia ao calar-se, agora, perante as críticas do Chefe Selassie…
E mais do que isto, é o sumo da notícia abaixo e as denúncias de José Gomes Ferreira, para sabermos que o poderio investe, não na economia, mas em manobras conspiratórias, com o silêncio/cobardia do poder (não só o que está no ativo), que nos obriga, consumidores e contribuintes, a pagar mais do que o consumo, mas também a remuneração dos terrenos da REN (empresa privatizada), o financiamento das renováveis (para empresa privatizada) e as concessões aos municípios (despesas das empresas privadas), o que não tem explicação, dentro dos vetores “ideológicos” da concorrência neoliberal…
É o fim da macacada!
Abebe Selassie esperava que os preços da eletricidade baixassem em Portugal. Mas, pelo contrário, a tendência é de subida. Com o mercado liberalizado e sem regulação de preços pelo Estado, esperam-se novos aumentos. 
Se nada for feito, diz a Deco, a situação será insuportável. "É uma combinação quase explosiva em Portugal: os portugueses pagam o preço da energia, os custos políticos e uma taxa de IVA muito exagerada", alerta o jurista Luís Pisco. "Se continuarmos neste caminho, daqui a alguns anos temos um sistema insustentável de fornecimento de energia, porque só as pessoas com condições económicas mais favoráveis vão poder ter energia em casa." 
A fatura da luz aumentou cerca de 18%, sem que o consumo tivesse subido. Em grande parte por culpa da subida do IVA de 6% para 23% - algo que foi acordado no próprio memorando da troika. Os preços estão em linha com a Europa, mas os portugueses não pagam apenas o consumo. "O que lá está metido é desde a remuneração dos terrenos da REN ao financiamento das renováveis e concessões aos municípios, uma quantidade de custos que são políticos e não económicos", frisa Pisco. Estes custos ligados ao défice tarifário foram abordados indiretamente por Selassie, ao dizer que "é muito importante que o debate sobre as rendas excessivas." 
Mas António Sá da Costa, presidente da Associação de Energias Renováveis, diz que o défice tarifário tem que ser pago. "Ele não deve conhecer a realidade portuguesa", afirmou. "Os preços da eletricidade estão alinhados com o resto da Europa. Temos que nos preocupar é com a dívida para pagar. É uma dívida, não défice tarifário." 
José Gomes Ferreira explica que ''o último'' beneficiário dos preços praticados pelas empresas de distribuição de energia e considerados elevados pela Troika, é o setor financeiro e enquanto o governo não disser que quem "manda" no país não são os banqueiros e as empresas que estão na bolsa nada muda.

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