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quinta-feira, 28 de março de 2013

E todos os rios continuam a correr para o mar(asmo)…

O economista Paul Krugman acredita que abandonar zona euro seria melhor que o “óbvio horror que significa tentar ficar”.
"Então aqui vai: sim, o Chipre deveria abandonar o euro. Agora". Foi desta forma que o economista norte-americano defendeu sem rodeios, a sua posição, argumentando que permanecer na zona euro significa para aquele país uma recessão "incrivelmente severa" que durará muitos anos, enquanto se tenta construir um novo sector exportador. Abandonar o euro, permitindo que a nova moeda caia a pique (não se surpreenderia se o PIB real do Chipre vier a cair 20%), poderia acelerar consideravelmente essa reconstrução, segundo o Nobel.
O ministro das Finanças cipriota sublinhou que sair do euro seria uma verdadeira catástrofe.
Paulo Portas, defendeu a coesão europeia e sublinhou que a situação no Chipre é "particular" e não vai repetir-se.
O Banco Central de Malta diz que "os problemas que os bancos cipriotas enfrentam, incluem perdas nos seus investimentos em dívida pública grega", reiterando que "os bancos de Malta têm pouca exposição à dívida de países intervencionados".
Thomas Meyer, economista-chefe do Deutsche Bank, disse que "isso não era suficiente". "Mesmo sob a melhor supervisão, os bancos podem entrar em sarilhos, e se o Estado é demasiado pequeno em relação ao setor bancário, o Estado vai à bancarrota", refere.
Meyer fez notar que o modelo não pode ser replicado em Espanha e Itália, caso contrário criar-se-iam "riscos sistémicos" em toda a zona euro.
Apesar de ter um sistema financeiro que representa 27% do PIB e depósitos domésticos que valem 500% da economia, o Luxemburgo afasta quaisquer críticas e comparações com Chipre. 
Jean-Claude Juncker, primeiro-ministro luxemburguês e anterior presidente do Eurogrupo, defende que o seu sistema financeiro é sustentável e distante do cipriota, que já foi considerado hipertrófico e por isso perigoso para a estabilidade financeira e lembra que os remédios adoptados em Chipre constituem medidas "excepcionais". Além disso, e para que o seu país não venha a ser acusado de algo semelhante, Juncker garante que "a proporcionalidade de um sistema financeiro não se pode determinar em relação ao seu peso no PIB"
O príncipe herdeiro do Liechtenstein apelou hoje ao Parlamento para preparar rapidamente um orçamento equilibrado, num discurso na nova sessão legislativa que sugere uma fase de austeridade. "A situação precária de muitos Estados europeus mostra-nos onde pode levar uma política de endividamento", sublinhou.
O Liechtenstein está classificado com AAA pela agência de notação financeira Standard and Poor's, com uma perspectiva estável.
O antigo presidente francês Valery Giscard d'Estaing, disse que a zona do euro deve fechar as portas à entrada de novos países depois da adesão da Polónia, a fim de criar um "núcleo duro" da União Europeia e defende que os países devem poder abandonar a moeda única sem grandes sobressaltos, a ponto do núcleo duro poder ficar só com 9 países: os 6 fundadores, mais Portugal, Espanha e Áustria.
O político descreveu a União Europeia a 27 como "frágil, instável e dividida" e defende que o "núcleo duro" deve despejar os países que não compartilham esta visão.
Krugman vem mais uma vez aconselhar um país (o Chipre) a sair do Euro, tendo-o feito já em relação à Grécia e a Portugal e estando sempre contra as medidas de austeridade com que a UE (Merkel/Schäuble) vai impondo aos “desgraçadinhos”, por não serem acompanhadas de medidas de crescimento, como é óbvio…
E vem dizer mais, ao declarar que o abandono do euro, permitiria que a nova moeda, mesmo que desvalorizasse bastante, poderia acelerar consideravelmente essa reconstrução, tal como aconteceu na Islândia e noutros países com moeda própria.
Para manter a tradição de quem está no poder e com culpas no cartório, o ministro das Finanças cipriota vem acenar com a catástrofe…
Mas o problema que hoje se põe, é se esta nova tática, de assaltar os depositantes dos bancos para encher os cofres desses bancos, esvaziados pelos seus gestores, vai alastrar-se a outros países, por imposição de qualquer troika, mas Portas, que sabe tanto como nós, jura que não, o que é ameaçador…
Entretanto, a verdadeira “troika” (Schäuble/Deutsche Bank/Merkel) já vem puxar as orelhas e avisar o Luxemburgo (Juncker nem sempre obedeceu a Merkel) e Malta para olharem para o exemplo do Chipre e se porem a pau, ameaçando-os, veladamente, de que podem chegar ao mesmo desfecho. Note-se a ressalva de tal vir a acontecer na Espanha e Itália, mas omitindo o nome de Portugal, Irlanda e Grécia, o que deverá querer dizer alguma coisa… Não sou eu quem o diz, foi o economista-chefe do Deutsche Bank…
Paralelamente, até o Liechtenstein, classificado com AAA, ficou assustado e já pensa em medidas de austeridade, mesmo tendo já o exemplo dos PIIGS, que demonstram o falhanço de “cavarem mais a cova”…
E por muito que não se queira admitir, os aforros dos europeus lá se vão desviando para os bancos alemães, a 0%, apenas com a “garantia” de segurança, até um dia ou um ano qualquer…
Perante uma estratégia de “guerra” (bem desenhada) e de tática em tática (cada vez mais arriscada), o “Império” vai espoliando financeira e economicamente os países mais débeis, o francês (por acaso?) Giscard d'Estaing, reconhecendo que a União Europeia a 27 está frágil, instável e dividida, vem dizer que é preciso deixar sair ou expulsar quem não quer ser “magala” nestes combates, em que os “generais” são o eixo franco-alemão, continuando a História…
Curiosamente, o antigo presidente francês e autor da “Constituição Europeia”, rejeitada por alguns países, incluindo a (sua) França, na proposta de um núcleo duro, formado por 9 países, inclui Portugal, sem se saber porquê, mas provavelmente por estar nos escalões mais baixos em todas as áreas económicas, laborais e sociais e podermos desempenhar o papel dos antigos “impedidos”, ao serviço dos mais graduados…
A escravatura já foi abolida(?) há muito e chineses são os nascidos na China!
Non, merci!

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