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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Depois da “KAHNzoada” ainda querem roer os ossos?

“Cego guiando outro cego” (detalhe), de Pieter Bruegel
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, ganhou um apoio de peso para a sua campanha eleitoral. O partido da primeira-ministra da Alemanha anunciou, que Angela Merkel defende a sua reeleição.
A chanceler vai participar de alguns encontros de campanha eleitoral junto com o presidente da França, informou o secretário-geral da CDU, partido democrata-cristão de Merkel, no Conselho Nacional do UMP, partido de Sarkozy. O anúncio já era esperado, já que o presidente francês tinha apoiado a reeleição da primeira-ministra alemã em 2009 e pelo facto de os dois partidos terem relações próximas e fazerem parte da mesma "família política".
"A CDU está certa de que a França precisa de um presidente forte no poder, como é o caso de Nicolas Sarkozy. O país estará em boas mãos", disse Gröhe.
Críticas a François Hollande
O secretário alemão referiu-se ao principal rival de Sarkozy, o candidato do Partido Socialista François Hollande, como alguém que insiste em "conceitos empoeirados". "Senhor Hollande, nenhuma das suas vagas declarações traz respostas aos problemas urgentes da nossa época. A recusa em fazer reformas difíceis, como a da idade mínima de aposentadoria, enfraquece a competitividade de nossas nações", provocou Gröhe.
Recentemente, Hollande havia declarado que, se for eleito, vai propor em janeiro de 2013 um "novo tratado franco-alemão".
Depois do assassinato político de Strauss-Kahn, que ameaçava a reeleição de Sarkozy, ficará sempre a nódoa da dúvida, também por causa das causas das dívidas…
Deposto o candidato mais forte e eventual vencedor das presidenciais francesas, emergiu entre os socialistas François Hollande, que também se apresenta como provável vencedor à 2ª volta, razão por que o dueto Merkozy anda nervoso, por haver quem seja capaz de se opor às suas políticas desastrosas e propondo medidas alternativas e mais sociais (democratas), contra os mercados e os especuladores. Se assim não fosse, que raio tinha a Alemanha que apoiar um candidato estrangeiro a um país estrangeiro? É TUDO DELES!
Vai daí, porque a Sra. Merkel defende a reeleição de Sarkozy (dava-lhe muito jeito) em consequência vai emprestar o seu peso para a sua campanha eleitoral, o que pode abafar o homem, que até pequenino… Complementando, a CDU (alemã) acha que a França precisa de um presidente forte no poder (e eu também) e acham que Sarkozy é o paradigma, como ficou provado… É caso para dizer, que o que é bom para a Alemanha não é bom para os outros países, nem para a França, mas os franceses lá saberão quais as melhores linhas para se coserem…
Mesmo tendo consciência (terá?) de que se está a meter onde não é chamado, o secretário alemão em vez de mostrar as virtudes de Sarkozy, ataca o candidato que o pode derrubar, de forma tão convincente, que apenas diz que tem conceitos empoeirados, que as suas vagas declarações não traz respostas aos problemas urgentes da nossa época, a ponto de recusar a idade mínima de aposentadoria. Como se vê, as afirmações do alemão são ainda mais vagas e vácuas…
No fundo, no fundo, o que os cristãos alemães temem é que Hollande rasgue o atual tratado franco-alemão e exija um novo e seguramente diferente, que lhes retire a supremacia arrogante e os “conceitos empoeirados” que vem sempre à tona, na hora das imolações…
Mas vai ser bom, numa só eleição, ver dois ídolos de pés de barro a caírem, se os deuses forem justos… Só por isso, obrigado Merkel!

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