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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A meditação faz bem, mas o oriente já não a pratica…

As exportações portuguesas para a China aumentaram 52,8% até novembro contra o mesmo período de 2010, com a China a comprar produtos no valor superior a 805 milhões de euros, revelam dados oficiais.
A balança comercial continua, no entanto, claramente favorável a Pequim, que vendeu mercadorias avaliadas em 1,99 mil milhões de euros - mais 13,5% - entre janeiro e novembro.
Já antes de sermos “sócios”, as coisas na área das exportações pareciam estar a nosso favor, estatisticamente falando e levados pelo título, mas afinal o que continua a manter-se é o valor superior das nossas importações da China, como é fácil de perceber pela diferença salarial (por enquanto) entre as duas comunidades, até para o fabrico dos “galos de Barcelos”…
Se não houver alterações sérias nas parcerias que nos prometeram com a bicada na EDP, estas notícias nunca serão notícia e estaremos sempre condenados a comprar mais, por ser mais barato, apesar da falta de escandalosa qualidade dos produtos chineses, mas o povo vai gostando e gastando, agasalhando-se com a exploração dos trabalhadores orientais…
As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa atingiram cerca de 83 mil milhões de euros nos primeiros 11 meses do ano, ultrapassando a meta fixada de 73,04 mil milhões de euros para 2013 o que traduz um aumento de 29% face ao período homólogo de 2010 (18.524 milhões de euros).
Como já referi várias vezes por aqui, a Lusofonia tem sido apropriada pela China, com o simples intuito de a tornar um veículo comercial e uma mais valia económica, que Portugal e os restantes membros da CPLP tem desperdiçado, por não vislumbrarem os vários vetores de que a cultura (e a língua) comportam, por termos um conceito romântico e “puro”.
Por aqui não vamos lá, se queremos que o Paulo Portas tenha sucesso como caixeiro viajante (diplomacia económica) e não gaste em gasolina nas suas viagens de vai vem, mais do que o lucro das “vendas” que vai conseguindo.
As vendas de terrenos para construção nas 130 principais cidades da China desceram 13% em 2011 devido às medidas governamentais para travar os receios de uma bolha imobiliária no país.
As medidas de restrição do crédito bancário para o setor e outras limitações definidas pelo governo em 2011 (como as medidas para contrariar a compra de segundas e terceiras habitações nas grandes cidades) foram o principal fator que provocou a queda nas vendas.
Entretanto, porque há já uma ameaça de uma bolha imobiliária a rebentar na China, e porque a China faz questão de dizer e de querer que a considerem como uma economia de mercado, há que por travões a fundo para não morrerem num acidente que já viram cá pelo ocidente, coisa que os ocidentais e a sua economia de mercado não fez, ou melhor, fez, soprando a bolha, enchendo-a e deixando-a rebentar, como convinha…
O pragmatismo chinês contraria o retrato que fazíamos de uma sociedade e de uma cultura, que parecia viver da espiritualidade e da imaterialidade e que converteu muito ocidental, que foi meditando e adormecendo, enquanto a tartaruga (no caso o dragão), lentamente avançava para a meta, em 1º lugar…

4 comentários:

  1. Vou evitar comprar mais extensões de tomadas electricas!

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  2. Félix da Costa
    Tem durado mais do que uma semana? Está com sorte!

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  3. Até as ditas grandes marcas vendem made in China!E os medicamentos que vêm da China e da Índia?

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  4. maria
    Até com os medicamentos é preciso ter cuidado. As grandes marcas só tem a marca, que também deve ser feita in China.

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