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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

“Com nomeações e bolos se enganam os tolos!”

Pois não, mas é imoral (só?) designar militantes partidários, sem preparação técnica, para lugares eminentemente técnicos, por serem militantes partidários de renome e com serviços prestados aos respetivos partidos. E só por isso nasceram as polémicas…
Sobre a EDP, até leva à confissão de que o "Governo não interferiu nas escolhas dos accionistas da EDP".
Por sua vez, em contramão com posições diferentes de um passado recente e virando o tema da conversa, diz Luís Filipe Menezes: "Eu gostava de ganhar o ordenado de Catroga" e quem não gostava, se o problema fosse só esse. E quando ouvimos que Ricardo Salgado elogia escolha de Catroga, então é que ficamos com a pulga atrás da orelha, porque este senhor ainda não entrou com um tostão seu para a dívida do país, quando toda a banca é o Alfa e Omega deste purgatório, retirando-lhe credibilidade e acrescentando desconfiança…
Já sobre as nomeações para as Águas de Portugal, o Governo sai em defesa da nova gestão da Águas de Portugal, embora com uma argumentação falaciosa e hipócrita, quando tenta menorizar e esconder a estratégia, ao dizer que Passos Coelho sente-se “confortável” com nomeações na AdP.
No entanto, às primeiras perguntas sobre o assunto, a super responsável Assunção Cristas não comenta nomeações para a AdP, mas depois de o seu chefe e “empregador” (educado pelo Jesuítas) dizer qualquer coisa, Paulo Portas defende nomeação de Álvaro Castello-Branco para AdP, a super ministra encontra uma super justificação: Ministra diz nova equipa da AdP tem experiência autárquica.
Mas para se entender todo este imbróglio, pondo de lado os argumentos “sérios”, talvez os mais sérios sejam estes:
Tenho esta teoria: alguém confundiu as novas nomeações para o Conselho de Supervisão da EDP com a lista de convidados para a festa de anos de Pedro Passos Coelho. É verdade que o primeiro-ministro só faz anos em Julho, mas os chineses regem-se por outro calendário e têm dificuldades com o português.
Passos Coelho entregou a Cao Guangjing um convite para passar por Massamá daqui a cinco meses e ele achou que a lista de convidados era uma sugestão para enfiar os melhores amigos do primeiro-ministro na empresa que tinha acabado de comprar. Essa é a única explicação para que Eduardo Catroga, Braga de Macedo, Paulo Teixeira Pinto, Ilídio Pinho ou Celeste Cardona acabem com os seus belos rabiosques sentados em cadeiras que valem no mínimo 5.000 (45.000) euros por mês, em part-time.
Nenhuma outra teoria é possível. Ninguém me vai convencer de que o Estado privatizou a EDP, disse que não queria ter mais nada a ver com aquilo, louvou o funcionamento do mercado, homenageou o pensamento liberal, e depois sentou no Conselho de Supervisão, por onde passam todas as orientações estratégicas da empresa, precisamente aquelas pessoas que lhe andaram a dar uma ajudinha nos últimos meses, incluindo o seu velho patrão (Pinho) e a inefável Cardona, que o CDS deposita em todas as prateleiras douradas da pátria. E, sobretudo, ninguém me convence de que os chineses chegaram a Portugal ao volante de vários camiões TIR de notas de euro para deixarem a EDP cheiinha de amigalhaços do poder estatal. Ou… Espera! Não me digam… Será possível que… os chineses tenham percebido tão depressa exactamente como este país funciona?
João Miguel Tavares
Para não ficarem dúvidas sobre a argumentação profunda e variada, ainda se pode acrescentar a “tese” de João Semedo do BE: "Todos os administradores e economistas competentes do País são do PSD e do CDS"!
Mas o que está verdadeiramente em questão nesta novela, aparte os atores e a sua seleção, é a análise do guião (as PRIVATIZAÇÕES em geral e em particular a PRIVATIZAÇÃO das ÁGUAS DE PORTUGAL), a referenciação dos “bons” e dos “maus” e o FINAL (IN)FELIZ…
E toda a gente entrou na tática traçada, neste caso e no da promiscuidade entre o PODER, o ESTADO e as EMPRESAS, discutindo-se a MAÇONARIA, em vez de se julgar todos os trafulhas que circulam impavidamente na nossa sociedade, em proveito próprio e com (ir)responsabilidades individuais, de ordem criminal e do foro da Justiça.
Andamos todos distraídos?

2 comentários:

  1. Na verdade, Miguel, não andamos distraídos, andamos todos a adiar o inevitável: dar um pontapé nesta corja, de uma vez por todas.

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  2. Luís
    ELES estão a provocar o toiro para ver se é manso e parece que é, embora os mansos de vez em quando deem uns coices... A ver vamos, se virmos.

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