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segunda-feira, 13 de junho de 2011

REESTRUTURAÇÃO de dívidas à “português suave”

A Grécia viu ser-lhe atribuído em Maio do ano passado um pacote de 110 mil milhões de euros para o seu resgate financeiro, quando o país estava em bancarrota iminente, que previa um financiamento de 30 mil milhões de euros nos mercados no próximo ano.
Face à constatação de que isso não será possível, tem-se falado da necessidade de um novo pacote financeiro, cujo valor foi inicialmente colocado em 60 mil milhões de euros, depois subiu para até 70 mil milhões e agora vai possivelmente nos 90 mil milhões, que cobririam as necessidades de financiamento do país pelo menos até meados de 2014.
Este montante seria obtido em 1/3 com receitas de privatizações na Grécia, outro 1/3 com empréstimos europeus e do FMI e outro 1/3 com a participação dos credores privados.
Na Grécia, a contestação social tem aumentado e há no interior dos grupo parlamentar do partido socialista (no poder) divisões quanto a novas medidas de austeridade, o que poderá levar a cisões em votações críticas para o governo de Papandreou. Os trabalhadores das empresas públicas que foram sinalizadas para privatização marcaram entretanto uma greve.
Sete tigres a uma galinha
O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, apoiou uma proposta alemã para uma “suave” reestruturação da dívida grega, com a participação voluntária dos credores do sector privado.
“Não haverá uma reestruturação total” disse, acrescentando que “os Governos concordaram com isso”, mas “não se conseguiu o apoio do BCE” para o fazer. “Não podemos impor a participação dos credores privados sem e contra a vontade do BCE”, concluiu.
O BCE tem até ao fim de Junho para decidir um 2º pacote de apoio à Grécia, mas continua dividido quanto ao papel do sector privado. A Alemanha defende um segundo pacote de resgate, mas quer incluir o contributo dos credores privados, como bancos e fundos de investimento, como contrapartida pela participação de Berlim.
Agora repare-se! No ano passado, a Grécia recebeu (com juros para pagar) 110 mil milhões de euros para o seu resgate financeiro. Para o próximo ano estavam previstos mais 30 mil milhões, mas afinal vai precisar de 90 mil milhões. Ou seja, por um lado, as contas foram tão mal feitas, como qualquer um de nós as faz (de palpite), por outro lado, o PROGRAMA de austeridade imposto, não ajudou nada e pelo contrário, piorou as coisas… Lá como cá, será!
Parabéns aos Técnicos de Contas e aos programadores de Copy e Paste!
Engraçado é que 1/3 (dos 90 mil milhões) virá das privatizações e outro 1/3 da participação dos credores privados, que “comprarão” o que for de privatizar e provavelmente ainda ganharão mais dinheiro…
Entretanto já se fala em REESTRUTURAÇÃO DA DÍVIDA grega, mas suave (para não darem sinal de fraqueza) e com a participação voluntária (imposta) dos credores privados, já que a Alemanha só participa se como bancos e fundos de investimento entrarem no pacote…
No entanto, o presidente do Eurogrupo, o mauzão Juncker, que impõe condições aos governos democráticos, vem dizer que não pode impor a participação dos credores privados (senão vai para o desemprego), nem contra a vontade do BCE, que por sua vez continua dividido quanto ao papel do sector privado, que deram origem ao problema e continuam a agravá-lo…
Assim sendo, pelo que se ouve, pode-se concluir que, quer o Eurogrupo, quer o BCE não estão a defender os Estados, muito menos os eurocidadãos, mas o setor privado. Afinal quem lhes paga?
Finalmente, a REESTRUTURAÇÃO (suave) DAS DÍVIDAS, que “os cabeças” cá do sítio dizem que não é possível e que tal mecanismo nos cria uma imagem de caloteiros, parece que está a desvanecer-se e a lógica de criar melhores condições para se pagar, com dignidade, o que se deve, NÃO É ABSURDA.
Merdosos! Medrosos!

5 comentários:

  1. É mesmo isso: 7 tigres (ou mais) e 1 galinha.
    E nem todas as potenciais galinhas serão suficientes para lhes saciar a gulodice.

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  2. Elisabete
    Era para ser "7 cães a 1 osso", mas dá para o mesmo... esperemos só que a galinha se safe e vai safar. No caso da Grécia, já são os credores a "pedir" que ela não entre em bancarrota, se não, em cada país haverá BANCA ROTA...

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  3. Aos merdosos e medrosos eu acrescentaria LADRÕES!Espezinham a dignidade de um povo.Os merdosos do cherne Durão e do cangalheiro Constâncio cheios de arrogância, a darem conselhos aos pacóvios cá do burgo...Escroques!!!!!

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  4. maria
    Devagar, os merdosos, de cá e de lá, ainda vão ficar sem o cacau e com o susto ainda enterram mais a Grécia... O pior é que a seguir somos nós e não temos a garra do gregos.

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  5. Lá isso é verdade Miguel. A alma lusa fica-se pelos 3 efes.

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