O banco de investimento Goldman
Sachs utilizou um veículo financeiro criado no Luxemburgo para emprestar
835 milhões de dólares, cerca de 635,7 milhões de euros, ao BES, avança o The Wall Street Journal. O
empréstimo ocorreu em julho, numa altura em que era quase impossível para
o BES obter crédito nos mercados financeiros.
De acordo com a publicação,
parte desse valor terá sido utilizado para ajudar a financiar a construção de
uma refinaria que uma empresa chinesa em dificuldades financeiras está a
construir na Venezuela. A petrolífera era um dos maiores credores das empresas
do Grupo Espírito Santo.
O BES poderia ter sido uma boa
oportunidade de investimento para o banco norte-americano, mas acabou por
tornar-se numa forma de perder dinheiro, segundo o Wall Street Journal. A
publicação adianta que o Goldman Sachs estava a ponderar vender dívida do BES a
investidores externos, mas não conseguiu compradores, explicou uma fonte
próxima do banco.
Eu sei que não é bonito a gente rir-se do mal dos outros, mas quando os outros nos fizeram mal, impunemente, não haverá gozo maior a qualquer ser humano ver “a vigarice virar-se contra o vigarista”.
Nem fiz as contas sobre as “perdas”, nem interessa, mas parece que o Goldman Sachs, um dos maiores responsáveis por este tsunami financeiro, que “matou” milhões de pessoas em todo o mundo, só teve o que merecia, embora para eles sejam migalhas e mesmo com sentinelas alerta em todos os países, grandes instituições e governos de todo o mundo…
Há pouco menos de um mês, registei aqui em Há gente que vai à bruxa ou há “bruxos” que se pagam bem?, o truque do dito, que ficou com menos de 2% do BES, pensando que se livrariam do ‘banco-mau’ e que parecia supor que:
O
banco norte-americano vendeu mais de 4 milhões de ações do BES no passado dia
23 de julho, ou seja poucos dias antes da CMVM ter decidido a suspensão da
negociação dos títulos em bolsa.
Entretanto, antes de partirem o BES em 2, o diploma publicado a 1 de agosto (e que entrou em vigor no dia seguinte) passou a dizer que não podem passar para o Novo Banco os depósitos dos "respetivos acionistas, cuja participação no momento da transferência seja igual ou superior a 2 % do capital social, as pessoas ou entidades que nos 2 anos anteriores à transferência tenham tido participação igual ou superior a 2 % do capital social…”,o que fez com que o tiro lhes saísse pela culatra e dessem por mal empregue o investimento no consultor…
Se somarmos os 107,2 milhões em ações que o Goldman Sachs deixou no ‘banco-mau’, aos 635,7 milhões de euros que do calote que o BES lhes pregou, temos 742,9 milhões de euros de penitência pelos pecados próprios, que representa uma “vingançazinha” dos espoliados…
É caso para dizer que o “Espírito Santo escreve direito por linhas tortas”…Imagem
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