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terça-feira, 2 de setembro de 2014

“O Espírito Santo escreveu direito por linhas tortas”…

O banco de investimento Goldman Sachs utilizou um veículo financeiro criado no Luxemburgo para emprestar 835 milhões de dólares, cerca de 635,7 milhões de euros, ao BES, avança o The Wall Street Journal. O empréstimo ocorreu em julho, numa altura em que era quase impossível para o BES obter crédito nos mercados financeiros.
De acordo com a publicação, parte desse valor terá sido utilizado para ajudar a financiar a construção de uma refinaria que uma empresa chinesa em dificuldades financeiras está a construir na Venezuela. A petrolífera era um dos maiores credores das empresas do Grupo Espírito Santo.
O BES poderia ter sido uma boa oportunidade de investimento para o banco norte-americano, mas acabou por tornar-se numa forma de perder dinheiro, segundo o Wall Street Journal. A publicação adianta que o Goldman Sachs estava a ponderar vender dívida do BES a investidores externos, mas não conseguiu compradores, explicou uma fonte próxima do banco.
Eu sei que não é bonito a gente rir-se do mal dos outros, mas quando os outros nos fizeram mal, impunemente, não haverá gozo maior a qualquer ser humano ver “a vigarice virar-se contra o vigarista”.
Nem fiz as contas sobre as “perdas”, nem interessa, mas parece que o Goldman Sachs, um dos maiores responsáveis por este tsunami financeiro, que “matou” milhões de pessoas em todo o mundo, só teve o que merecia, embora para eles sejam migalhas e mesmo com sentinelas alerta em todos os países, grandes instituições e governos de todo o mundo…
Há pouco menos de um mês, registei aqui em Há gente que vai à bruxa ou há “bruxos” que se pagam bem?, o truque do dito, que ficou com menos de 2% do BES, pensando que se livrariam do ‘banco-mau’ e que parecia supor que:
O banco norte-americano vendeu mais de 4 milhões de ações do BES no passado dia 23 de julho, ou seja poucos dias antes da CMVM ter decidido a suspensão da negociação dos títulos em bolsa.
Se somarmos os 107,2 milhões em ações que o Goldman Sachs deixou no ‘banco-mau’, aos 635,7 milhões de euros que do calote que o BES lhes pregou, temos 742,9 milhões de euros de penitência pelos pecados próprios, que representa uma “vingançazinha” dos espoliados…
É caso para dizer que o “Espírito Santo escreve direito por linhas tortas”…
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