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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Marques, mentes? “Mais depressa se apanha um mentiroso…”

O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares (do PSD), Marques Mendes, comentou o possível aumento de impostos a ser discutido já na próxima semana e para o político “se há uma derrapagem na despesa cortem na despesa e não nos contribuintes”.
“As pessoas podem ser confrontadas com um aumento de impostos. O primeiro-ministro, Passos Coelho está a estudar o aumento do IVA, mas este aumento não estava previsto para 2014”, disse o político.
“O que eu sei é que o Governo não tem nenhuma vontade de os aumentar. Não há nenhum Governo que goste de aumentar impostos e este em particular não gosta mesmo e se o fizermos é porque não há outra possibilidade de atingir as nossas metas”.
Estas declarações foram uma reação do primeiro-ministro às afirmações do social-democrata Luís Marques Mendes, que no disse que a ministra das Finanças quer aumentar o IVA de 23 para 24% já em outubro.
O comentador listou os vários agravamentos de impostos entre 2011 e 2014, defendendo que provam o "aumento colossal" dos últimos anos. Marques Mendes critica ainda o aumento de despesa refletido no Orçamento Retificativo. "É o contrário do que o que o Governo andou a dizer neste tempo todo."
O comentador defende que seria "um erro colossal" outro agravamento fiscal. "O aumento de impostos seria uma sentença de morte para o Governo."
E com o objetivo de provar de que forma já aumentaram os impostos, Marques Mendes deu a conhecer uma lista dos vários agravamentos fiscais ocorridos entre 2011 e 2014:
25 Agravamentos do IRS;
12 Agravamentos do IRC;
Já no que diz respeito aos impostos indiretos e taxas, Marques Mendes destaca 17 agravamentos, entre outros;
IVA;
Imposto especial de consumo;
Imposto sobre veículos;
Imposto do selo;
IMI (imposto municipal sobre imóveis);
Imposto único de circulação;
Contribuição para o audiovisual. 
"Se o Governo diz que não gosta de aumentar impostos, olhe se gostasse."
Marques Mendes defende que o caminho é diminuir a despesa, ou seja, precisamente o contrário daquilo que vem refletido no Orçamento Retificativo, aprovado na semana passada. 
"O orçamento retificativo visa aumentar a despesa. É o contrário do que o que o Governo andou a dizer neste tempo todo", afirma. "Quem devia aprovar este orçamento era a oposição." Em termos de valores, sublinha o facto de tanto a despesa corrente, como a despesa com pessoal e a despesa com aquisição de bens e serviços, estarem a aumentar quando deveriam estar a baixar. "Se a despesa estivesse controlada, o défice ficava em 3,3% ou 3,5%. Podia desapertar-se o cinto um bocadinho."
Por fim, o comentador sublinhou como positiva a diminuição da taxa de desemprego, mesmo que uma grande parte dessa quebra se deva ao número de pessoas envolvidas temporariamente em programas de estágios profissionais. "O Governo merece ser cumprimentado por isto, porque não está de braços cruzados."
Marques Mendes é conhecido por “acertar” ao milímetro nas previsões que faz, deixando a desconfiança entre os ouvintes de que tem umas “fadas madrinhas” que lhe sopram ao ouvido, o mesmo é dizer que beneficia de fugas de informação ao mais alto nível ou é um lançador de isco do poder, para apalpar a opinião pública sobre as “inovações” político-austeritárias…
Como desta vez a “receita” para o bolo Retificativo era sobre o IVA, que apanha transversalmente todos os portugueses, ricos e pobres, trabalhadores no ativo e reformados, mas também funcionários públicos e privados, houve uma reação natural, o que não é costume quando estes remédios amargos incidem apenas sobre os FP e os grisalhos… E ainda bem!
Marques Mendes “obrigou” Passos Coelho a arrepiar caminho e até deu a medalha a Paulo Portas, se é verdade que Marques não mente…
De sublinhar é a desconstrução que Mendes faz da afirmação do PM: “O que eu sei é que o Governo não tem nenhuma vontade de os aumentar. Não há nenhum Governo que goste de aumentar impostos e este em particular não gosta mesmo.”
E Marques Mendes dispara, de rajada, 54 aumentos de impostos diretos, indiretos e taxas, concluindo: "Se o Governo diz que não gosta de aumentar impostos, olhe se gostasse." Ora toma!
Mas não deviam ser as oposições a ter estes registos e denunciarem estas “mentirinhas”?
Só no PS há 2 cabeças, mais 2 no BE e mais 2 no PCP+Verdes, o que dá 6 cabecinhas pensadoras!
Para além de os partidos estarem a ficar bicéfalos estarão a ficar acéfalos?
Será o mesmo mal do governo, que também tem 2 cabeças?

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