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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Atenção, abriu a caça ao voto, mas em 2016 seremos caçados!

É oficial: o Governo não vai mais mexer nas regras da Segurança Social até ao final do mandato.
No Parlamento, no plenário da leitura da mensagem do Presidente da República depois do último chumbo do Tribunal Constitucional à Contribuição de Sustentabilidade (CS), o secretário de Estado da Segurança Social seguiu a bitola já definida pelo primeiro-ministro para garantir que não há e não haverá nova tentativa de reformar o sistema de pensões.
“O Governo tem procurado fazer uma reforma que garanta a sustentabilidade da Segurança Social. Não há medidas milagrosas nem avulsas. Têm uma estratégia clara e objetivo claro. Mas o pior que nos pode acontecer é instalar na sociedade portuguesa um clima de incerteza”, disse Agostinho Branquinho.
A mesma ideia (e garantia) que não há reforma que avance foi dada também por Luís Montenegro: “A jurisprudência constitucional e a indisponibilidade do principal partido da oposição, por um lado, e a circunstância que os pensionistas não merecem a incerteza (…) conduzem-nos a não insistir numa reforma estrutural da Segurança Social enquanto estas condições se mantiverem”. Para já, não só não vai fazer mais mexidas, como também vai deixar cair as que existem. E rematou: “Não significa que os próximos meses sejam tempo perdido”. E foi depois disto que desafiou o PS a um debate para a reforma do futuro.
Alberto Martins, líder da bancada parlamentar, criticou o Governo por os cortes do Governo terem “como alvo preferencial sempre os mesmos: os funcionários públicos, pensionistas, reformados e as famílias, gerando uma situação de empobrecimento, risco de subsistência digna e de desagregação social”. E acrescentou que “o que o Governo faz é, reiteradamente, governar contra a Constituição, contra o Tribunal Constitucional, pela subversão do Estado de Direito”.
O líder da bancada do Bloco de Esquerda preferiu “celebrar” o dia de hoje: “Estamos a celebrar uma vitória, primeiro dos pensionistas, depois da Constituição e por fim do país que se levanta contra estas políticas, não é submisso nem ao Governo nem aos mercados”.
O Parlamento aprovou ontem a reposição dos cortes salariais na Função Pública, que vão aplicar-se aos trabalhadores com salários acima de 1.500 euros. O diploma, que prevê a aplicação de cortes entre 3,5% e 10% este ano e em 2015, determina ainda a devolução de 20% da redução no próximo ano, reversão esta que o PS considerou eleitoralista.
É oficial: o Governo não vai desistir de mexer nas regras da Segurança Social se ganhar um próximo mandato.
Basta ouvir a lengalenga do secretário de Estado da Segurança Social quando fala que têm uma estratégia clara (empobrecer os Funcionários Públicos e Reformados) e um objetivo claro (claríssimo, roubar os Funcionários Públicos e Reformados) e chama a isto uma reforma da Segurança Social…
E ouvindo depois o líder da bancada do PSD dizer que para já (para já), não vai fazer mais mexidas (mais roubos) e não vai insistir nas propostas chumbadas (para já). Mas… De seguida desafiou o PS a um debate para a reforma do futuro, que é o mesmo que dizer: o futuro (do montante) das reformas.
E por ser um facto, é digna de registo a análise e a avaliação que faz Alberto Costa, que a “Reforma” para a “sustentabilidade” da Segurança Social, tem sido roubar sempre os mesmos: os funcionários públicos, pensionistas, reformados e as famílias, gerando uma situação de empobrecimento, risco de subsistência digna e de desagregação social, contra o que faltarão os argumentos aos defensores do executivo…
E razão tem ainda o líder da bancada do BE ao falar de celebração de mais uma vitória, dos pensionistas e da Constituição contra os pretendidos roubos e chumbados…
Já quanto aos Funcionários Públicos e ao saque permanente de que são alvo, alguém explica por que quer o governo cortar nos mesinhos que faltam de 2014, e ainda em 2015 na totalidade, para repor 20% em 2016? 20% da totalidade sacada ou 20% do saque “autorizado” (entre 3,5% e 10%) pelo TC? Não dava o mesmo resultado sacar já menos 20% do que vão sacar?
E quando se fala em repor, não se quer dizer que se vai devolver todo o montante sacado durante estes anos todos? Cada vez o português está mais traiçoeiro e os governantes idem…
Que se lixem as eleições? Que se boleiem as arestas que podem ferir os eleitores…
Cautela! Ensopado de coelho nunca fez bem a ninguém…
Está aberta a caça ao voto, mas só em 2016 seremos caçados, se quiser!

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