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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Ou é mentira ou é milagre ou a “crise” foi de férias…

No entanto, em termos homólogos continua a assistir-se a uma perda de riqueza, tendo o PIB recuado 2%. No 1.º trimestre o recuo tinha sido maior: 4,1%, o valor mais baixo desde o fundo recessivo do 1.º trimestre de 2009.
A taxa de juro implícita nas obrigações portuguesas está a descer em todas as maturidades, depois de terem sido divulgados os dados trimestrais do PIB português que dão conta de um regresso ao crescimento, algo que não acontecia há 10 trimestres.
“Começam a surgir sinais de forma consistente - crescimento económico, queda do desemprego, aumento da produção, aumento do turismo, melhoria dos índices de confiança dos consumidores - que se vão acumulando no sentido de confirmar a ideia de que provavelmente estamos num momento de viragem económica”, admitiu Pires de Lima.
Numa nota de análise hoje publicada, com o título “É necessário mais alívio financeiro e de dívida”, o Barclays começa por salientar que "a perspetiva macroeconómica desafiante e a recente crise política tornam os planos do Governo de regressar aos mercados ainda mais distantes". E vai mais longe: "A menos que o cenário surpreenda pela positiva, Portugal poderá precisar de fundos adicionais, quer seja de precaução ou um programa completo". Ainda assim, salienta que "os riscos de contágio a Espanha e Itália irão pesar fortemente contra a possibilidade de uma reestruturação da dívida".
No entanto, o banco de investimento deixa outro aviso: "a probabilidade de uma reestruturação da dívida em 2013-2014 aumentou, ainda que continue abaixo dos 50%. A probabilidade de derrapagens orçamentais em Portugal é agora maior e quanto mais tempo for adiada uma nova ajuda menos será a base de detentores internacionais de dívida. Por isso, os Estados membros que possam suportar uma reestruturação poderão levantar essa questão antes do final deste ano". "A nossa visão continua a ser a de que desde que o Governo de Portugal evite uma crise política e continue a implementar reformas, a zona euro vai continuar a financiar o país", defende o banco de investimento britânico.
Face a este cenário desfavorável, juntamente com as elevadas imparidades e provisões para crédito o Barclays antecipa novas necessidades de capital para a banca portuguesa. "Neste contexto, vários bancos portugueses poderão ficar com necessidades de capital nos próximos 18 meses. Calculamos necessidades de 4.600 milhões de euros num cenário base, que poderá aumentar para os 12.400 milhões de euros num cenário adverso", avisa o Barclays.
O banco de investimento acrescenta que "o envolvimento de detentores júnior de dívida poderá reduzir a necessidade de fundos adicionais entre os 900 milhões e os 6.900 milhões de euros, o que significa que os 6.000 milhões que ainda estão na linha de recapitalização serão suficientes".
Depois de se bater no fundo (mesmo empurrado), se se sobreviver, só se pode subir, logicamente, e respirar.
No que ao país diz respeito, mesmo ninguém sabendo como a coisa está a acontecer e seja surpresa para os melhores especialistas (Gaspar deve estar arrependido da saída ou não…), nenhum leigo entende como é que aumenta o PIB e ao mesmo tempo se perde riqueza, mas deve ser verdade, porque os mercados até baixaram os juros, embora haja ministros a por água na efervescência dos profissionais da política e a desencantar os cidadãos…
Continuando a querer entender este êxito de verão, gostávamos de saber por que se quer aumentar a penalização dos criadores da riqueza, no ativo ou na reforma, se as condições até agora impostas tiveram estes resultados “positivos”. Ou seja, o ritmo da subida do calvário precisa de ser acelerado para quê? Cabe perguntar, para quem é benéfico este “sucesso” e de que forma se repercutirá no bolso do contribuinte.
Sabendo todos que andamos a pagar para as dívidas fraudulentas dos bancos, travestidas de dívida pública, ficamos baralhados ao depararmos com esta análise do banco de investimento britânico, que prevê um quase e iminente desastre, fala de um 2.º resgate, sugere a reestruturação da dívida e anuncia a necessidade de a banca ter de recorrer aos fundos que sobraram e pelos quais continuamos (nós) a pagar…
A banca está insegura, mas tem seguro. O contribuinte segura-se e continua a viver na insegurança.
Alguém “ispilica”?

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