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sábado, 6 de abril de 2013

Quem diz agora que não há dinheiro? Há e MUIIIIIIIITO!

As revelações sobre os paraísos fiscais provocam as primeiras repercussões: “a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu pediram aos Estados-membros que se encarreguem da questão” escreve Ta Nea.
“O valor estimado de evasão fiscal só para a União Europeia situa-se em 1.000 milhões de euros por ano”, acrescenta o diário, que garantiu a parte grega da investigação “Offshore Leaks” e revela os nomes de figuras-chaves que fornecem a cidadãos gregos contas em sociedades offshore nas Ilhas Virgens Britânicas. [...] Para os gregos, uma grande parte das operações passam por Chipre.
A parte da investigação jornalística “OffshoreLeaks” sobre os paraísos fiscais implica, segundo o diário, Tribune de Genève, mais de 300 pessoas e 700 empresas, dos quais cerca de 20 bancos e numerosos intermediários financeiros que deram ordens a milhares de empresas offshore para guardarem o dinheiro dos seus clientes estrangeiros. [O banco] UBS terá assim aberto 2.900 empresas offshore numa dezena de jurisdições, via Portcullis Trustnet, uma empresa sedeada em Singapura e ativa numa dezena de jurisdições, como as Ilhas Cook ou as Ilhas Caimão. O Credit Suisse fez a mesma coisa, criando mais de 700 empresas.
Na Suíça, foram os jornais Le Matin Dimanche e SonntagsZeitung que participaram na investigação e que estão a publicar os resultados.
O diário económico, Handelsblatt, consagra um dossiê ao “mito alemão” do pequeno aforrador que pode desabar perante a crise financeira.
“Os alemães fazem poupanças até se tornarem pobres”, escreve o jornal, que explica que “é com uma política de dinheiro que não custa caro que os banqueiros centrais e os políticos lutam contra a crise financeira. Os Estados e os bancos beneficiam com isso mas há quem o pague: o aforrador alemão”.
Este último está num “impasse” porque o seu bem perde valor. De facto, mais de 1/3 dos alemães perderam a confiança nas suas contas-poupança por causa da crise cipriota e 59% já não acredita que a chanceler alemã Angela Merkel possa proteger as suas poupanças.
Claro que a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu já lavaram as mãos (vamos a ver se os seus membros as terão lavadas), empurrando o crime para os Estados-membros… Até parece que não são eles que tem mandado em tudo!
E vamos a ver se os Estados-membros continuam a dizer que não há dinheiro. 1.000 milhões de euros por ano deve dar uns colossais impostos e permitir ao “Zé” um abaixamento do que lhe é imposto em impostos!
Fazemos votos, que também por cá, como na Grécia, na Suíça, em França, na Inglaterra, na Alemanha e nos EUA, os nomes das figuras-chaves sejam revelados, só por coisas…
E começa-se a conhecer os meandros dos malandros, que afinal não estavam tão escondidos, provavelmente por causa de um desenho mal feito…
Entretanto, até os depositantes alemães andam à rasca, não só porque devem receber juros mais baixos (pela maior procura), de que beneficiam os bancos (sempre eles), mas também por temerem que a sua Angela lhes faça o mesmo que aos cipriotas… E andaram a encher-lhes a cabeça culpando os “sulistas”, que afinal são bonitos, limpinhos e bons!
As malhas que o OffshoreLeaks tece…

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