(per)Seguidores

domingo, 3 de março de 2013

Os “terramotos” começam sempre num hipocentro…

O social-democrata António Capucho considerou que o Governo chefiado por Passos Coelho é o "campeão do combate ao poder local" e espera que o PSD inicie em breve o processo de autorregeneração.
"Depois do 25 de Abril, eu julgava que [o ex-primeiro-ministro socialista] José Sócrates era o campeão do combate ao poder local e neste momento é o doutor Relvas [ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares], o doutor Passos Coelho, e este Governo. Os presidentes de câmara têm-me dito as coisas mais horríveis sobre a produção legislativa de Miguel Relvas a propósito das autarquias. Há uma revolta nítida", afirmou Capucho.
O antigo conselheiro de Estado enumerou a lei das atribuições e competências, a "famigerada" lei da reorganização das freguesias e a lei das finanças locais como "disparates" da legislatura de Passos Coelho e de Miguel Relvas.
Movimento a partir das bases 
António Capucho afirmou estar "muito preocupado com o futuro do PSD", adiantando confiar na capacidade de autorregeneração do partido a partir das bases que, espera, possa acontecer em breve.
"Eu tenho a expectativa de que a partir de uma próxima situação haja um movimento 'basista' no sentido da regeneração do partido. Estou a falar [quando acontecer] no corte dos 4.000 milhões, estou a falar no próximo exame da troika, na execução orçamental ao fim do 1.º trimestre e depois nas eleições autárquicas, que só podem correr mal ao PSD", afirmou.
É "absurdo" Relvas continuar como ministro
António Capucho criticou a ação governativa de Passos Coelho, nomeadamente pela "aposta na austeridade", por considerar que tem "efeitos perversos", acrescentando estar em "sintonia" com a contestação ao Governo. "Não se pode fazer isto em dose brutal porque tem efeitos perversos. Há menos receita, a dívida cresce e o desemprego dispara de uma forma desalmada. Estou perfeitamente sintonizado com a crítica daqueles que entendem que a austeridade demonstrou ser um  erro", afirmou.
O ex-presidente da Câmara de Cascais considerou "absurda a manutenção" da composição atual do Governo, nomeadamente a continuidade de Miguel Relvas como ministro, e a existência de um ministério da Agricultura e do Ambiente que, considera, "é um gigante que devia ser partido ao meio". "Acho absurdo a manutenção desta composição governativa, que brada aos céus e não encontro explicação plausível para a manutenção no governo de pessoas que dão uma imagem desgraçada ao Governo e ao primeiro-ministro", disse.
Não sei se Capucho foi à manifestação, mas tinha todas as razões para ir, sobretudo por ser um social-democrata, uma espécie em extinção, que como ele diz, esperemos que haja uma autorregeneração, não só no PSD, mas no (b)arco do poder, para chegarmos a bom porto, que fica bem longe, do outro lado do de Gaspar, porque “Portugal é um povo de marinheiros capaz de ultrapassar as piores tormentas”, com homens que saibam manejar o leme…
Atualizado às 10:50 de 03-03.2013
Imagem

Sem comentários:

Enviar um comentário