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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O socialismo vai caindo! Berlusconi foi o 4º…

O plano de ataque ao socialismo/social democracia
Silvio Berlusconi dominou a Itália por 17 anos, mas deixou o cargo derrubado pelo poder do mercado, com a zombaria dos romanos a soar nos ouvidos, amargurado e isolado ao dirigir-se para a residência do presidente Giorgio Napolitano, onde renunciou oficialmente ao cargo.
Depois de entregar a renúncia, Berlusconi deixou o Palácio Quirinale por uma entrada lateral enquanto milhares de manifestantes gritavam "palhaço! palhaço!", o insulto tradicionalmente reservado para políticos italianos que caíram em desgraça.
A saída do primeiro-ministro há mais tempo no poder na Itália pôs fim a semanas de turbulência nos mercados financeiros que deixaram o país dependente da ajuda do BCE para conter uma crise que ameaça toda a zona do euro.
O Partido Popular venceu as eleições legislativas com maioria absoluta com 44% dos votos. O PSOE sofre uma das maiores derrotas de sempre, com 29% dos votos.
Mariano Raroy, o vencedor destas eleições, promete um "esforço solidário" para combater a crise, mas avisa que não há milagres.
Há muita(?) gente que diz e defende, que todos os governos socialistas europeus vão caindo como baralhos de cartas, por serem os responsáveis pela bolha americana de 2008 e pelas aldrabices avaliativas das agências de rating, também elas americanas e talvez tenham razão, embora a realidade não prove a tese.
Na Europa e desde que classificaram determinados países membros como PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha), 4 dos quais tinham governos ditos socialistas (exceto a Itália), raciocinando basicamente, era fácil tirar conclusões imediatas, sem que houvesse qualquer correlação política, a não ser pelos Mercados, naturalmente neoliberais.
Na Irlanda, mudou-se para manter a política que a oposição contestava…
Em Portugal, mudou-se para piorar a política que a oposição contestava…
Na Grécia, sem eleições, mudou-se para piorar a política que a oposição contestava…
Na Itália, sem eleições, mudou-se para piorar a política que a oposição contestava…
Na Espanha, mudou-se para manter a política que a oposição contestava e só agora vem dizer que NÃO HÁ MILAGRES! E as bolsas já estão a cair...
Entretanto, a Dinamarca, que era governada à direita, fez cair o respetivo governo e elegeu um governo de maioria de esquerda, com um governo social democrata à cabeça, para repor medidas que consideravam socialmente degradantes.
Na Alemanha, a maioria no poder perdeu 6 das 7 eleições regionais, que podem pré anunciar uma alternância em 2013, para a social democracia e ecologistas (de esquerda).
Em França, apesar da “eliminação” de Strauss Hahn como candidato socialista para derrotar Sarkozy (as sondagens previam), este não tem garantias de continuar no lugar em 2012, trocando com o candidato do PSF.
O que é facto e indesmentível, é que em todas as eleições europeias havidas nos tempos da crise, houve troca de governantes, uma alternância natural, como a última esperança em dias melhores, mas não em melhores dirigentes.
Não se pode entrar nesta análise, sem ter em conta que, politicamente falando, socialismo e social democracia, são a mesma coisa, com algumas nuances históricas, fruto das circunstâncias. E por isso, os países mais ricos, com menos desigualdades e com mais preocupações e soluções sociais, são os sociais democratas (socialistas), que praticam, sem desvios, os princípios e valores dessa ideologia.
Há outra constatação que convém ter em conta, que é a de a crise ser muito mais aguda, ou quase exclusiva na zona euro, o que nos deve levar a por em dúvida as tais origens ideológicas.
Os EUA, que se saiba, não são socialistas, nem se situam na Europa, estão piores do que nós, mas assobiam para o lado em relação à responsabilidade, embora vão tirando algum proveito, não tanto e diretamente o país, mas muitos americanos que vão conduzindo a crise e enriquecendo individualmente à sua custa.
Não é preciso ser adivinho para prever que nos países em crise, com eleições no futuro próximo, mesmo que não intervencionados pelas troikas, a alternância é a única alternativa, para manter um sistema capitalista em falência, sem freios nos dentes (por falta de soluções do poder político), que todos reconhecem que já “deu o que tinha a dar” e vai sacando o que pode, enquanto pode.
Não queiramos esquecer, que os movimentos sociais, “Primaveras árabes”, “Indignados”, “Ocupe Wall Street” e outros que surgirão, tem todos a mesma motivação, fruto das mesmas políticas, que não são todas socialistas/sociais democratas.
Às vezes é preciso usar uns óculos especiais para se ver a realidade em 3D, se se perceber a rede de dependências financeiras que a figura acima nos mostra, para não cairmos no conto do vigário…
Só cai quem quer, mas não se empurre ninguém, tapando-lhe os olhos…

2 comentários:

  1. Eu já nem me preocupo com estas coisas, Miguel. As pessoas que acreditem naquilo que quiserem. Quem quiser ser cego e estúpido, que seja! Não vale a pena perder tempo a explicar isto...

    Há muita gente, com idade para ter juízo, que continua a achar que o Socialismo de hoje é o Socialismo Soviético, à moda de Estaline.

    Assim sendo, deixa-os continuar a falar e, um dia destes, acordam no oposto daquilo que dizem desprezar. Depois andaram calados porque se falarem, haverá um cacete amigo para lhes lembrar o lugar. No final, estão felizes porque destruíram o Socialismo devorador de liberdades.

    Um abraço.

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  2. Elenáro
    Eu já nem sei se quem diz o que diz o faz com sinceridade pessoal, ou intelectual, o por pura manobra de marketing, mas quer por uma, por outra, ou por outra, calar a manipulação é colaboração.

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