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sábado, 30 de agosto de 2014

Se o fisco castiga o contribuinte, o contribuinte que se defenda!

Depois de lançar a Modelo3 em Portugal e chegar a mais de 40.000 pessoas, Celso Pinto e a sua equipa rumaram a Londres, onde se propõem fazer exatamente a mesma coisa: desenvolver uma plataforma que permite aos contribuintes aproveitar ao máximo os benefícios fiscais.
Maria João Espadinha
Vencedor do Seedcamp Londres - competição do acelerador de startups tecnológicas na Europa -, em setembro de 2012, Celso Pinto lançou a SimpleTax, no Reino Unido, 3 meses depois. E já atingiu 20.000 utilizadores e um marco de poupança de 2,5 milhões de libras.
"Desenvolvemos a Modelo3 porque reparámos que não havia uma forma fácil de os contribuintes pouparem nos impostos. Através da nossa plataforma, os utilizadores indicam os seus rendimentos e deduções e o software mostra o que poderá estar em falta para atingir outro nível de poupança", explica Celso Pinto.
Apesar de terem chegado a uma poupança de quase "2.000.000 de euros" para os utilizadores em Portugal, o mercado nacional é pequeno, com apenas 130.000 a 150.000 contribuintes independentes. Assim, a escolha óbvia era a internacionalização: "No Reino Unido, só os freelancers é que têm de entregar a declaração de impostos, mas é algo muito complicado, é como se se tratasse de uma pequena empresa", diz o empreendedor. Depois de alguns contactos com trabalhadores independentes no país - que no total rondam os 5.400.000 -, Celso Pinto percebeu que havia "uma oportunidade de mercado" e decidiu falar com o Seedcamp. Foi então convidado para participar numa competição - e acabou por ganhar.
"A aceitação tem sido fantástica", conta o empreendedor, que tem agora um novo objetivo. "O mercado britânico tem uma particularidade, pois tem um sistema como o Portal das Finanças, o HM Revenues & Customs (HMRC), utilizado por 49,5% dos contribuintes; percentagem igual recorre a contabilistas e existe ainda software comercial para entregar as declarações, utilizado por cerca de 90.000 contribuintes, dos quais 20.000 já estão no SimpleTax. Agora queremos chegar aos utilizadores do HMRC", diz.
Em Portugal, o objetivo é também continuar a desenvolver a plataforma, depois de o serviço ter sido suspenso este ano. "Não estávamos a conseguir colocar a Modelo3 no patamar que pretendíamos, por isso tomámos essa decisão conscientemente e comunicámo-la a todos os utilizadores", lamenta o empreendedor, que garante, no entanto, que em 2015 a plataforma já estará novamente ativa. O modelo de negócio também sofreu alterações, já que, no início, a Modelo3 cobrava um valor fixo pela submissão da declaração. "Reparámos que existe uma forma ideal de ter um serviço gratuito e ao mesmo tempo sustentar a empresa", explica Celso Pinto. A solução está nas recomendações feitas ao utilizador. "Se encontrarmos, por exemplo, um seguro profissional mais barato do que aquele que o contribuinte tem, sugerimos uma troca, e se for aceite nós recebemos uma pequena comissão", explica o empreendedor, que tem parcerias no Reino Unido com empresas de seguros, bancos, cartões de crédito, fornecedores de eletricidade, telefone, internet e agências de gestão imobiliária.
Com um financiamento total de 440.000 euros de vários investidores (20.000 euros em Portugal e o restante no Reino Unido), a SimpleTax ainda não atingiu o breakeven. "O importante agora é comprovar que é um modelo de negócio que funciona", defende Celso Pinto. A internacionalização continua a ser um objetivo, mas só em 2017 ou 2018. "Agora temos de consolidar a posição nos países onde estamos", conclui.
O projeto é notícia, não é só o caso de ser mais um dos muitos sucessos de portugueses lá fora, mas por ser uma ferramenta que pode ajudar os contribuintes a “fugirem” aos colossais impostos com que os governos, em nome dos “poderes” do Estado nos penitenciam, mesmo que tenhamos pecado…
Só é pena que a plataforma já não esteja a funcionar para Portugal e que só volte em 2015, ano de eleições e (quem sabe?) de novo governo, mas esperando que venha a tempo de minorar o esbulho de que vamos sendo vítimas, e que proporciona ao executivo uma almofada fofa para adormecermos à espera de D. Sebastião, que nos querem fazer crer que já chegou…
Já que não podemos exercer o “direito” à fuga aos imposto, colocando as poupanças num offshore, ao menos que possamos fugir à demasia, por não sabermos fazer contas e previsões do que podemos receber mais, mesmo ganhando menos…
O azar é que em Portugal nunca sabemos os nossos rendimentos para os introduzir na plataforma e qualquer dia as deduções, de tanto reduzirem e serem excluídas, não permitirão ao software mostrar os caminhos para a poupança nos impostos…
Mas como dizem que a “coisa” está a melhorar “a olhos que só alguns veem”, vamos esperar sentados pela redução dos impostos e o automático aumento de receitas (?) que façam regressar as deduções, para termos um “melhor Estado e mais privados”…
Nem a tecnologia nos vale, até porque foi um Excel que nos lixou!

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