Os plenários extraordinários na Assembleia da República, pedidos pela maioria para fazer aprovar - ainda no período de férias parlamentares - os cortes salariais na função pública e o Orçamento Rectificativo, vão custar aos cofres do parlamento quase 100.000 euros.
De acordo com a Secretaria-geral da Assembleia, o custo de "uma reunião plenária extraordinária orça os 45.000 euros", um montante que "resulta essencialmente dos encargos com despesas de deslocação" dos deputados. No caso de se realizar mais de um plenário extraordinário na mesma semana - o que vai acontecer na primeira semana de Setembro - o custo dilui-se pelos 2 plenários, dado o facto de as "despesas de transporte se diluírem pelo número de reuniões realizadas". Nas sessões que vão realizar-se no início de Setembro, 2 estão marcadas logo para a 1.ª semana, enquanto a 3.ª terá lugar na semana seguinte. O que significa um custo de, pelo menos, 90.000 euros. E a este valor vão acrescer as despesas decorrentes das reuniões de comissão, que terão necessariamente de ocorrer no âmbito dos trabalhos do Orçamento Rectificativo.
De acordo com o Estatuto Remuneratório dos Deputados, os parlamentares que residem fora de Lisboa e dos concelhos limítrofes da capital têm direito a um montante de "69,19 euros/dia, a título de ajuda de custo em cada dia de presença em trabalhos parlamentares". Já para os residentes no distrito de Lisboa, o valor é de 23,05 euros. Este último montante abrange 47 deputados, o número de eleitos pelo círculo da capital - o que dá um total de 1.083 euros. Os eleitos pelos restantes círculos são 183 - o que perfaz um total, por sessão plenária, de 12.661 euros.
A este montante, pago a título de ajudas de custo, juntam-se as despesas de deslocação - 0,36 cêntimos por quilómetro percorrido na deslocação da residência para a Assembleia da República. No caso dos deputados residentes nas regiões autónomas, o parlamento paga o "montante de uma viagem de avião de ida e volta em classe económica". Segundo a secretaria-geral da AR, o "orçamento da Assembleia da República não dispõe de verbas específicas para despesas extraordinárias com os trabalhos parlamentares", pelo que estas despesas estão integradas no "orçamento de funcionamento" do parlamento.
As sessões plenárias extraordinárias foram requeridas e aprovadas pelo PSD e pelo CDS.
A 1.ª será a 2 de Setembro para fazer aprovar os cortes salariais na função pública, a 4 de Setembro, será a vez de o Orçamento Rectificativo ser aprovado em plenário e a 11 de Setembro, para a votação final do Rectificativo.
Já todos sabemos que a democracia custa dinheiro e que esse dinheiro vem dos contribuintes que pagam impostos, para que o trabalho dos seus representantes sejam isentos nas decisões que tomam em seu nome…
Vem isto a propósito dos plenários extraordinários na AR (no período de férias parlamentares), pedidos e aprovados pela maioria, para aprovarem cortes salariais na Função Pública e o Orçamento Retificativo, que vão custar, não aos cofres do parlamento, mas aos contribuintes, quase 100.000 euros.
Contas feitas, esse montante resulta das despesas de deslocação dos deputados, mais das ajudas de custo por cada dia de presença, mais das despesas decorrentes das reuniões de comissão do Orçamento.
Por curiosidade e para informação, cada deputado recebe para despesas de deslocação, 36 cêntimos por quilómetro, da sua residência até à AR e os residentes nas regiões autónomas, recebem o montante de uma viagem de avião de ida e volta em classe económica.
Já quanto às ajudas de custo, os residentes no distrito de Lisboa, recebem 23,05 euros/dia e os de fora de Lisboa recebem 69,19 euros/dia, pelo trabalho parlamentar extraordinário, e mais algum os que pertencem às Comissões.
Como haverá 3 sessões em 2 semanas, tudo junto rondará os tais 100.000 euros.Mas se os contribuintes têm que pagar a máquina da “democracia”, no caso até cheira a abuso pouco democrático, porque “ou comem todos ou não há moralidade”…
Quais são os trabalhadores, do público ou do privado, que recebem subsídios de deslocação para chegarem aos seus locais de trabalho?
Quais são os trabalhadores, do público ou do privado, que recebem ajudas de custo para além do seu ordenado?
Quais são os trabalhadores, do público ou do privado, que recebem subsídios por pertencerem a determinados órgãos complementares e específicos?
Já não vou falar que foram estes mesmos deputados, que beneficiam destas mordomias, que cortaram todas as mordomias aos trabalhadores contribuintes, que lhes aumentaram as horas de trabalho pelo mesmo ordenado e lhes vão cortar nos salários…
Os nossos representantes já nem pressentem que estão a abusar da imoralidade, que tinham a obrigação de banir!
Os contribuintes é que não podem deixar de ganir, com estas “excentricidades” de quem devia servir a nação e se serve dela “à tripa forra”, como se fossem os DDT…
Afinal havia outro(s)…
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