(per)Seguidores

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O guião e vários atos de quem cuspiu 2 anos no povo

Há 2 semanas, Vítor Gaspar telefonou a Passos Coelho a exigir a saída rápida e irrevogável do Governo. O então ministro das Finanças tinha acabado de chegar a casa depois de uma atribulada visita a um supermercado.
Gaspar, acompanhado pela mulher, resolveu deslocar-se sem segurança a um supermercado. O ministro foi reconhecido, na fila para as caixas, pelos clientes do supermercado, e a situação descontrolou-se. Entre comentários exaltados e insultos, a segurança do estabelecimento foi obrigada a intervir e a escoltar o ministro, sem conseguir evitar cuspidelas insultos e tentativas de agressão.
Vítor Gaspar apresentou oficialmente a demissão na segunda-feira, 1 de Julho.
No dia seguinte, foi a vez de Paulo Portas.
Esta é a abertura do guião da “Reforma do Estado”, mas da autoria de Vítor Gaspar, que não gostou do desenho original de Paulo Portas, mais ao estilo do Teatro de Revista (à portuguesa), escrita por um estrangeirado…
Afinal a carta de demissão da 2.ª figura do executivo, queria apenas traduzir, por palavras bonitas, esta reação às cuspidelas, mais do que justificadas, do povo anónimo e que veio tarde. Se Gaspar é inteligente devia ter previsto (falhou mais esta previsão). Se Gaspar é um bem-disposto devia saber que o povo não acha graça ao seu tipo de humor (porco), cuspindo tantas vezes na alma de (quase) todos os portugueses…
Gaspar ficou assim a dever o enorme investimento que o país fez na sua pessoa e ainda hipotecou mais o nosso futuro.
Claro que a designação da nova “ministra” foi uma provocação pura, não só a Portas, mas também a todos os portugueses que assistiam à Revista “As swaps do nosso endividamento”, com Maria Luís como protagonista, o que dando razão ao nosso descontentamento, não é tão justificativa para um parceiro do governo, que ao pedir a demissão traz riscos associados, sobretudo para os cidadãos, já fartos de serem figurantes (lixados e mal pagos) destes figurantes…
Para poluir mais o ambiente da “comunidade política” e apimentar o enredo, nada melhor do que Passos Coelho se reunir com o (encenador) Presidente da República, omitindo-lhe o pedido de demissão de Portas e jurar “por as mãos no fogo” pela senhora que se seguia…
Nos entretantos, Cavaco Silva foi disparando contra a oposição, convidando-a a apresentar um Moção de Censura, num (re)confirmado apoio ao seu governo “presidencial”…
E, “inocentemente”, o PR deu posse a uma ministra de um governo fantasma(górico)… E quando caiu em si, sabendo que o governo tinha “caído”, sem saber porquê, ficou à espera, sentado, que um coelhinho saísse da cartola do Coelho, que afinal foi um valente “frango”…
A decisão (não) esperada de Passos (que estava à beira do abismo) foi dar um passo em frente, recusando demitir-se, apesar da admiração por Relvas e Gaspar (não lhes seguiu o exemplo) e garantindo que não abandonaria o país (como aconselhou os seus concidadãos desempregados), por não ter medo de umas simples cuspidelas, de tão habituado a estar rodeado de “escarros”…
Mas o que parece ser o fio condutor deste guião, é o (eventual) problema de um 2.º pedido de empréstimo, para tornar a pagar as asneiras de mais uns fedelhos, que será o apoteótico último ato.
E Passos, de tão baratinado que está (nem vê a parede nem o abismo) já nem sabia se ia ou não falar com a sua precetora alemã, por lhe faltar a coragem que tem com os “tugas”…
É evidente, que Cavaco Silva (o homem e Presidente da República) é corresponsável por esta bagunça, quando “presidencializou” este governo, ao insistir para Gaspar não sair, provavelmente porque não foi informado (mais uma vez) da cuspidela de que tinha sido vítima e por isso tem que prometer ir a Fátima a pé (ouvida a esposa), se a novela tiver um final feliz…
E foi por tudo isto que a PGR arquivou o processo de MST, obviamente!
O guião terá novos capítulos, uns a puxar para o sangue, outros a puxar para o circo…
O bilhete pagamos nós (outra vez)!

Sem comentários:

Enviar um comentário