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sábado, 9 de junho de 2012

Europeu com muito orgulho, por muitas e boas razões!

“A economia afasta as duas margens do Atlântico”: é assim que La Stampa resume as consequências das recentes declarações de Barack Obama, segundo as quais as fracas perspetivas de crescimento dos EUA ficam a dever-se à má gestão da crise da zona euro. “Há causas fortuitas e causas mais de longo prazo na pressão cada vez maior com que o Presidente Obama insta os europeus a reagirem”, comenta o diário de Turim. As primeiras estão relacionadas com as presidenciais de novembro nos EUA: no momento em que, com a nomeação de Mitt Romney para candidato republicano, a campanha chega ao auge, o termo “Europa” passou a ser um insulto utilizado pelos candidatos para desacreditar o adversário, nota La Stampa.
No início da campanha presidencial, eram os Republicanos que utilizavam a Europa para assustar os eleitores e atingir Obama […]. Agora, os papéis inverteram-se e os Democratas acusam os adversários de “ser como os europeus”, porque os Republicanos propõem a mesma austeridade teutónica que condena a zona euro à recessão e ao desemprego.
As segundas dizem respeito às relações transatlânticas, em particular com Berlim:
Durante anos, Washington viu na Alemanha o seu mais fiel aliado. […] No final desse período, tinham passado mais de 20 anos. E aquilo que a guerra do Iraque e do Afeganistão não conseguiram fazer – enfraquecer a aliança – verifica-se hoje em dia por causa da crise e de uma Alemanha talvez pouco audaciosa para prosseguir conscientemente um “grande desígnio”, mas demasiado “teimosa” para comprometer as bases da aliança ocidental.
À parte bairrismos ou “continentalismos” bacocos, só a História pode (des)valorizar a cultura, a moral e os comportamentos dos povos de cada continente e talvez não seja displicente (re)ler o artigo aqui publicado, que aborda o tema: Marte e Vénus, dez anos depois.
À parte as agendas de marketing dos dois candidatos americanos (até torcemos por um), não parece de bom tom dizerem mal do vizinho, até porque o mal também lhes vem pelo caminho…
Para quem é atingido por estes “insultos” é que não pode por de parte os pormenores, tão GRANDES, tão GRANDES, que até nem deixam os americanos ver direito o passado recente…
E é tempo de perguntar, quer aos conselheiros de Mitt Romney, quer aos de Barack Obama, onde começou esta crise? O que a originou? Quem foram os seus causadores? E quem apanhou com ela, por tabela? Não foi na Europa! Não foi a “bolha” imobiliária europeia! Não foram os bancos nem as agências de rating europeias! Foram e são os europeus que estão a pagar parte da fatura de muitos “erros” de alguns americanos, que todos somados (os erros) nos levam a desconfiar que a vigarice andou de mãos dadas com gente promíscua e sabem-se nomes, que até continuam no ativo, ativamente…
Já aquando dos preliminares da Guerra do Iraque, em que valeu tudo o que era mentira, houve altos dirigentes americanos que insultaram a França, os franceses e a sua cultura, só porque o então ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominique de Villepin, era contra essa intervenção e dizia  "…acreditamos que a intervenção militar seria a pior solução"… Passados alguns anos, esqueceram as ofensas e as razões das mesmas e fizeram as pazes, para fazerem a guerra (à Líbia)…
Tendo em conta que os americanos tem o seu cordão umbilical ligado à Europa, e por isso, o “insulto” só pode refletir-se neles próprios e se há responsáveis pelo marasmo em que vive a Europa, tem nome, são políticos, banqueiros e especuladores, muitos deles formados(?) em escolas americanas e que até são colocados no topo de governos europeus, sem serem escrutinados, mas nem eles dão conta do recado…
E esta hein?
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