O presidente do Conselho Económico e Social (CES) defendeu que o actual regime de pensões só faz sentido quando a economia cresce e cria emprego. No actual contexto de crise, os gastos do Estado com as reformas não se podem manter. “É evidente que o regime de pensões só pode funcionar quando a economia cresce e quando cria muito emprego. O nosso problema neste momento nas questões sociais tem a ver fundamentalmente com o aumento do desemprego, porque é mais dinheiro que sai para os subsídios de desemprego e é menos dinheiro que entra, pois quando as pessoas estão empregadas descontam para a Segurança Social”, disse. E acrescentou: “É muito difícil fazer contenção orçamental sem que a economia cresça. Até agora, temos assistido a um esforço muito grande, mas essa contenção tem sido algo desequilibrada porque do lado do crescimento da economia não se actua com a mesma força.”
Ainda ontem, a economista e presidente do Conselho das Finanças Públicas, Teodora Cardoso, partilhou a mesma opinião de Silva Peneda. “Não é possível suportar um regime de pensões da forma como o criámos e, simultaneamente, o emprego, o rendimento e a produtividade em queda”, disse.
Os bispos portugueses estão muito preocupados com o novo corte nas pensões de sobrevivência e sustentam que é obrigação de quem governa "ser solidário". Por outro lado, defendem que o Executivo de Passos Coelho deve esclarecer a medida.
A Episcopal Portuguesa (CEP) esteve reunida e, no final do encontro, recordou a necessidade de ter atenção ao "povo comum" que "está envolvido nos possíveis cortes". "É fundamental que quem nos governa possa dar orientações claras, transparentes e que crie uma onda de solidariedade", assinalou o porta-voz.
O porta-voz da CEP destacou as consequências para a vida das famílias em que "avós e país" estão a ajudar as gerações mais novas, caso lhes seja "reduzida substancialmente a pensão que têm". "Confiamos que tudo seja esclarecido e que haja solidariedade para com as franjas já mais pobres da nossa sociedade. É esse esforço que esperamos dos nossos governantes, para que os pobres não fiquem mais pobres", acrescentou o padre Manuel Morujão.
Cerca de meia centena de pensionistas e reformados estão concentrados em frente da Caixa Geral de Aposentações (CGA), em Lisboa. Protestam contra os cortes nas pensões, que consideram "ilegais e imorais".
A Caixa Geral de Aposentações foi o local escolhido para a acção porque "é aqui que, se os cortes forem para a frente, vai ser enterrado o estado de direito", adiantou Maria do Rosário Gama, presidente do APRe! - Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados, que promoveu a iniciativa.
"Nós achamos que estes cortes, depois de uma vida de trabalho, são a violação total do princípio da confiança", sublinhou a presidente da associação. Além dos cortes nas pensões, há a contribuição extraordinária de solidariedade, a sobretaxa de IRS e "o nível de vida que aumentou de forma brutal", sublinhou.
"As pessoas, neste momento, têm que optar entre casa, pão e saúde e isto é um drama que está a atingir muitos pensionistas e reformados", disse.
Silva Peneda, que nos habitou nos últimos tempos, a mostrar uma coerência política e ideológica e que sabe do “negócio”, veio “borrar a escrita” ao chamar - gastos do Estado - às reformas, que não são mais do que a devolução do dinheiro depositado nas mão do Estado, pertença dos depositantes. E mais não digo!
E na mesma linha falaciosa, vem dizer que o dinheiro das reformas vem dos descontos das pessoas que trabalham hoje, esquecendo-se dos descontos que foram feitos durante 40 anos e quando muito, tudo se resume a uma questão de tesouraria… E mais não digo!
Já sobre os subsídios de desemprego, é claro que, esse sim, depende das receitas do Estado, não necessariamente e apenas, dos descontos das pessoas empregadas, que descontam para a Segurança Social, porque descontam para as suas reformas… E mais não digo!
Claro que não se pode aumentar o número de desempregados, por todas as consequências e mais alguma, mas é a política implementada pelo governo que gera as taxas “previsíveis” do aumento das respetivas taxas… E mais não digo!
Pois! Tem havido e continuará a haver um desequilíbrio entre os confiscos (a que chamamos austeridade) e as medidas para o crescimento da economia, que gerariam emprego, riqueza e redução da penitência… E mais não digo!
Até os bispos vem reclamar explicações para os roubos nas pensões de sobrevivência, esquecendo-se dos roubos nas reformas (o truque resultou), mas vem falar de solidariedade, em vez de falar de justiça dos homens… E mais não digo!
Por fim, vem os reformados e pensionistas, humilhados, gritar na rua: "Não somos descartáveis!". Pensávamos que não éramos, mas Eles também são e só faltam 2 anos para não terem razão… E mais não digo!
Só falta o Tribunal Constitucional, mais uma vez, esfregar a Constituição de Portugal na cara do Governo, do Eurogrupo e da Sra. Lagarde… E mais não digo, mas fico à espera!
talves o maior surdo seja o que não quer ouvir porque não gosta da mensagem. Não é pelo facto de não gostarmos da mensagem que ela se torna irrelevante ou falsa. Talvez seja mais prudente tentar perceber a mensagem antes da deitar para tras das costas.
ResponderEliminarEspero que esteja a falar do governo social-democrata e social-cristão...
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