As portagens nas antigas SCUT do norte renderam aos cofres da “Estradas de Portugal”, nos primeiros seis meses, 32 milhões de euros, mas 20% do tráfego registado nas 3 concessões não pagou voluntariamente a utilização.
Os números foram avançados pela empresa pública na véspera de se cumprirem 6 meses sobre a introdução de portagens nas concessões Norte Litoral, Costa de Prata e Grande Porto.
Segundo a informação disponibilizada, entre 15 de outubro e 31 de dezembro de 2010 o valor da cobrança de portagens atingiu os 18 milhões de euros, em cerca de dois meses e meio. Em 2011, o total de cobranças supera os 14 milhões de euros.
A ser verdade o que disse Carlos Moreno, ex-juiz do Tribunal de Contas Europeu e Português, em Outubro de 2010: A renda a pagar aos Privados subiu e passou a ser fixa. Assim, o Estado fica com a receita das portagens, mas esse dinheiro não chega para cobrir a nova despesa, já que quem passa e paga nas SCUT, “não paga a totalidade, longe disso - 30 a 40%, da renda que a Estradas de Portugal (EP) vai pagar às concessionárias”, tal significa que relativamente aos 32 milhões de euros arrecadados, a EP terá de acrescentar (a 30%), cerca de 10,7 milhões de euros, que se traduzem em prejuízo.
Se assim for, a notícia está incompleta, não ajuda a perceber os prejuízos da EP e até dá a entender que foi uma grande medida e salvadora.
E para ajudar à missa, conforme se previa, o negócio foi um fiasco, para a EP, o Estado e sobretudo para os utentes, castigados à toa, isto porque:
Entretanto, por cautela, ou estratégia eleitoral, o governo suspendeu a entrada em vigor das restantes SCUT, mantendo a discriminação entre cidadãos no norte e das outras zonas geográficas.
Se a suspensão for por cautela, será com base nesta crença?
Se assim for, os nossos “salvadores” do FMI/BCE/CE em serviço ditarão alguma medida, que se espera que seja de anulação do implementado.
Há fé de menos…
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