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sábado, 2 de outubro de 2010

Uma notícia que desafina, mas não soa mal

O concurso, que compreende as modalidades de Música Orquestral (Prémio “Câmara Municipal da Póvoa de Varzim”) e Música de Câmara (Prémio “Associação Pró-Música da Póvoa de Varzim”), tem como objectivo premiar obras de compositores lusófonos ou de outras nacionalidades residentes há mais de quatro anos em países de expressão lusófona.
O prazo para entrega de obras termina a 21 de Março de 2011, sendo que só serão aceites inscrições de candidatos nascidos depois de 31 de Julho de 1971. Cada candidato poderá apresentar um máximo de uma peça para cada uma das categorias a concurso. Posteriormente, o júri, constituído pelos compositores Christopher Bochmann (Presidente), Pedro Amaral, Carlos Caires e Carlos Marecos, fará uma pré-selecção até ao máximo de duas obras finalistas em cada modalidade, selecção essa que será anunciada a 20 de Abril de 2011.
O público terá a oportunidade de ouvir o conjunto das obras seleccionadas, já que serão estreadas no decorrer do Festival Internacional de Música. Será no final destes concertos que o júri irá anunciar os vencedores. Serão atribuídos 1º e 2º prémios nas duas categorias e, se o júri assim o entender, poderão também ser atribuídas menções honrosas. O Prémio “Câmara Municipal da Póvoa de Varzim” – Música Orquestral é de dois mil euros, 1º prémio, e de novecentos euros, 2º prémio, enquanto o Prémio “Associação Pró-Música da Póvoa de Varzim” – Música de Câmara é de mil e quinhentos euros, 1º prémio, e de seiscentos euros, 2º prémio.
Além da estreia em concerto integrado na 33ª edição do Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim – 2011, as obras vencedoras em cada modalidade serão editadas em partitura e posteriormente publicadas em CD.

ai, como sofrem

Cartoon do Antero do blogue “anterozóide”

A RECEITA, com predomínio de GENÉRICOS

Para a redução da despesa, em 2011, o Governo decidiu:
  • Reduzir os salários dos órgãos de soberania e da Administração Pública, incluindo Institutos Públicos, Entidades Reguladoras e Empresas Públicas. Esta redução é progressiva e abrangerá apenas as remunerações totais acima de 1.500 euros por mês. Incidirá sobre o total de salários e todas as remunerações acessórias dos trabalhadores, independentemente da natureza do seu vínculo. Com a aplicação de um sistema progressivo de taxas de redução a partir daquele limiar, obter-se-á uma redução global de 5% nas remunerações;
  • Congelar as pensões;
  • Congelar as promoções e progressões na função pública; (já para 2010)
  • Congelar as admissões e reduzir o número de contratados; (já para 2010)
  • Reduzir as ajudas de custo, horas extraordinárias e acumulação de funções, eliminando a acumulação de vencimentos públicos com pensões do sistema público de aposentação; (já para 2010)
  • Reduzir as despesas no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente com medicamentos e meios complementares de diagnóstico; (já para 2010)
  • Reduzir os encargos da ADSE; (já para 2010)
  • Reduzir em 20% as despesas com o Rendimento Social de Inserção;
  • Eliminar o aumento extraordinário de 25% do abono de família no 1.º e 2.º escalão e eliminar o 4.º e 5.º escalão desta prestação; (já para 2010)
  • Reduzir as transferências do Estado para o Ensino e sub-sectores da Administração: Autarquias e Regiões Autónomas, Serviços e Fundos Autónomos; (já para 2010)
  • Reduzir as despesas no âmbito do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC); (já para 2010)
  • Reduzir as despesas com indemnizações compensatórias e subsídios às empresas; (já para 2010)
  • Reduzir em 20% as despesas com a frota automóvel do Estado;
  • Extinguir/fundir organismos da Administração Pública directa e indirecta;
  • Reorganizar e racionalizar o Sector Empresarial do Estado reduzindo o número de entidades e o número de cargos dirigentes.
No que respeita ao reforço da receita em 2011:
  • Redução da despesa fiscal;
    • Revisão das deduções à colecta do IRS (já previsto no PEC);
    • Revisão dos benefícios fiscais para pessoas colectivas;
    • Convergência da tributação dos rendimentos da categoria H com regime de tributação da categoria A (já previsto no PEC);
  • Aumento da receita fiscal;
    • Aumento da taxa normal do IVA em 2pp.; (já para 2010)
    • Revisão das tabelas anexas ao Código do IVA; (já para 2010)
    • Imposição de uma contribuição ao sistema financeiro em linha com a iniciativa em curso no seio da União Europeia;
  • Aumento da receita contributiva;
    • Aumento em 1 pp da contribuição dos trabalhadores para a CGA, alinhando com a taxa de contribuição para a Segurança Social; (já para 2010)
    • Código contributivo (já previsto no PEC);
  • Aumento de outra receita não fiscal; (já para 2010)
    • Revisão geral do sistema de taxas, multas e penalidades no sentido da actualização dos seus valores e do reforço da sua fundamentação jurídico-económica; (já para 2010)
    • Outras receitas não fiscais previsíveis resultantes de concessões várias: jogos, explorações hídricas e telecomunicações.
  • José Sócrates diz que não vai ser preciso novo plano de austeridade
E aí é que está mais um problema! Quantas vezes já ouvimos estas e outras promessas?
Foto

Desmascarem-se, não justifiquem a usurpação

Palhaço Rico, triste, mas sem lágrimas
Aumentos de impostos e corte de salários vão diminuir o rendimento disponível e afectar confiança em todos os sectores, diz Economist Intelligence Unit.
E nem explica o óbvio…
Os analistas da Economist Intelligence Unit antevêem uma contracção de 0,9% em Portugal no próximo ano. A contracção revelada pela entidade vai contra as previsões de Teixeira dos Santos que apontam para um crescimento de 0,5%.
O corpo da notícia é quase igual em todos os jornais, com alteração de algumas palavras ou a ordem de parágrafos, ou seja, uma newsletter para todos os jornais espalharem a mensagem e quase nenhum explica o óbvio…
Ainda assim, Kevin Dunning acredita que os custos que Portugal incorre para pedir dinheiro emprestado "vão continuar altos por alguns anos, porque os investidores deverão continuar a focar-se em preocupações económicas de fundo como a dívida alta do sector privado e o potencial crescimento lento da economia".
Finalmente alguém confessa que o problema tem origem na dívida alta do sector privado! E quem paga são os Funcionários Públicos? Expliquem-se…
Economist Intelligence Unit considera que o Governo vai conseguir «um acordo político» que permita fazer passar o Orçamento para 2011 no Parlamento, ainda que com alterações às medidas de austeridade anunciadas até agora.
E vem este senhor, economista e estrangeiro, “prever” o que os Partidos portugueses (provavelmente dois) têm que fazer, para imporem o saque aos Funcionários Públicos e o aumento de impostos a todos, mesmo sendo ele a dizer que tais medidas nos levam à recessão, que a economia vai ficar pior, mas que os investidores (ou especuladores?) vão confiar mais em Portugal, ficando eles com mais dinheiro e cada um de nós com menos.
Obviamente, desmascarem-se!

Depois de um bom sono, pensa-se melhor?

Ministro da Economia tem «esperança» que subida do IVA e corte nos salários da Função Pública gerem «dinâmica na procura externa» e não tem dúvidas de que isso «é indiscutível para a maioria dos economistas». (30/09/2010)
Ex-ministro das Finanças diz que novo pacote de austeridade não redefine «prioridades na despesa pública corrente e na despesa pública de investimento», são de «má qualidade em termos de crescimento económico». Pior: não vão ser «as últimas». (30/09/2010)
Ele disse, a maioria… Este também é Economista e também tem culpas no cartório.
Eu sei que é de outro Partido, mas o actual Ministro também.
“Estou preocupado, estou atento. Estaria mais preocupado se não tivéssemos capacidade de concretizar essas medidas, porque julgo que é hoje reconhecido, de forma muito generalizada, que essas medidas são fundamentais para a economia portuguesa”, disse Vieira da Silva.
Vieira da Silva afastou ainda o cenário de recessão para 2011, como tem sido avançado pelas estimativas da Ernst&Young e da Economist Intelligence Unit.
“Não é essa a previsão do Governo, que admite um arrefecimento da economia face à razoável retoma que estávamos a ter”, disse o ministro, acrescentando que “medidas dessa natureza têm sempre efeitos”. (01/10/2010)
Apesar de o colega ter dito que as medidas são de má qualidade em termos de crescimento económico, o Ministro acha que são fundamentais para a economia portuguesa, embora se manifeste preocupado. Com quê?
E apesar de várias instituições internacionais, inclusive o FMI, dizerem o que todos os impreparados sabem e dizem, que as medidas só podem levar à recessão, o Ministro “discorda”, admitindo um arrefecimento da economia, que é a mesma coisa que concordar quem ele quer contrariar.
Estamos feitos ao bife.
Entretanto:
O presidente da República sublinhou ontem a necessidade de renovar, “em todos os domínios da actividade humana, começando pela actividade política, os princípios da autenticidade, da transparência na acção, do serviço empenhado à res publica”.
Para o presidente da República, faltam concretizar plenamente os direitos económicos, sociais e culturais, reforçando ainda que, na actualidade, “não se pode fazer uma cisão entre cidadania política e cidadania social, para não falarmos de outras dimensões do conceito, como a cidadania ambiental”. (01/10/2010)

comporta-te tu, pá!

Cartoon do Antero do blogue “anterozóide”

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O ataque aos pobres e desempregados já é endémico

Aumentar a taxa de emprego em 10% até 2014 e a participação no mercado de trabalho para 75% até 2020 são os grandes desafios
Aumentar a taxa de emprego em 10% até 2014 e retirar 20 milhões de europeus da situação de pobreza estão entre as metas das orientações para as políticas de emprego dos Estados membros no âmbito da estratégia Europa 2020. O texto apresentado pela Comissão Europeia foi aprovado com alterações pelo Parlamento Europeu a 8 de Setembro.
As metas fixadas devem traduzir-se em objectivos nacionais através do Pacto do Emprego, em negociação entre o Governo e os parceiros sociais.
O texto aprovado reconhece que os objectivos anteriores, estabelecidos pela Estratégia de Lisboa, não foram alcançados.
Tendo em conta que a OCDE previu 11,7% de desempregados em Portugal, para 2010, um aumento de 10% na taxa de emprego, significa menos 2,9% no desemprego, o que passaria este para 8,8%, em 2014, o que seria bem bom. Mas, a mesma OCDE prevê que neste último trimestre, o desemprego aumente 47,9%, sendo 524.000 os desempregados.
Fica difícil acreditar nestas contas e nestas vontades, sobretudo quando vemos toda a Europa a aplicar medidas de austeridade, que os próprios Governos e especialistas dizem que darão origem a recessão.
Como irão fazer para chegarmos a 2014, se nem conseguem prever e domar a especulação em intervalos de semanas?
Ainda por cima, reconhecem que os objectivos anteriores não foram alcançados e até pioraram, mas continuam a prometer.
E nem falam no falhanço dos Objectivos do Milénio... 
E têm a coragem de dizer que estes objectivos devem ser nacionais, através do Pacto do Emprego, em negociação entre o Governo e os parceiros sociais. Aonde? Em Portugal tal processo democrático ainda não aconteceu, se calhar porque, como diz Daniel Bessa, já mudamos de regime.
“Vote Tiririca, pior que tá não fica!”

A razão da crise… dos BANCOS e o povo é que paga!

Zé do Telhado
O financiamento anunciado ontem pelo Governo irlandês para salvar o Anglo Irish Bank eleva para 50.000.000.000 de euros os custos suportados pelo país com o seu sistema bancário na sequência da crise financeira que eclodiu em 2008, o que vai obrigar a mais cortes na despesa pública.
Os 50 mil milhões de euros que o país vai gastar na recapitalização do seu sistema bancário representam cerca de um terço do seu produto anual e a operação está a obrigar a grandes apertos de austeridade sobre a população, em tempos de recessão profunda (com uma queda de 10% do PIB em 2009).
A oposição não dá por certo o apoio ao plano do Governo, segundo o Irish Times, num momento em que os juros da dívida pública do país no mercado secundário têm estado a subir, para níveis idênticos aos portugueses, ou até mais elevados.
No seguimento do post anterior, quando é no estrangeiro, fala-se mais descontraidamente e a língua solta-se, o que nos permite decalcar, os nossos problemas com os dos outros países (iguais nas causas) e as diferentes soluções (os mesmos efeitos).
Na Irlanda, como em todo o mundo ocidental, quem se afundou na própria gula, foi o sector bancário, que perdeu o crédito (para onde terão ido os altos lucros anunciados?) e os Governos sentiram-se obrigados a recapitalizá-lo, dando-lhe milhares de milhões de euros, saídos dos cofres dos Estados, que só vivem dos impostos dos seus concidadãos (os menos ricos, porque os ricos nem todos pagam, usando os off shores) e quando ficam sem dinheiro (os Estados) inventam operações de subtracção, obrigando a população que os elegeu para os defender, a grandes apertos de austeridade.
Isto é que é a CRISE, (do Poder Político), que se tenta resolver com os mentores e autores da mesma, ou seus funcionários (conhecidos por Economistas), que regra geral circulam nos círculos poliítico-partidários e vão levando a vida, dando cabo da vida dos mais pobres.
E há quem diga que vivemos num Estado Social (quem está no poder) e outros que dizem que este Estado Social não serve (quem não está no poder e pensa que pode lá chegar), sem alternativas que não passem pela mesma receita da extorsão.
Como cá, a oposição “ameaça” não estar de acordo com as medidas impostas aos pobrezinhos, mas na hora da votação das useiras medidas, lá isentarão os ricos de pagar a crise (deles)…
E “lá vamos, cantando e rindo, alegres, alegres sim…” (não andei na Mocidade Portuguesa, mas penso que era assim).

Há regimes militares à civil e regimes civis à militar…

Daniel Bessa considera que Portugal "mudou de regime" anteontem à noite com as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo e que também acabaram "alguns tabus." Na 19.ª sessão dos Encontros Millennium BCP, o economista disse que temos que mudar de vida.
A partir de agora, "só pode haver boas notícias", tranquilizou, destacando a descida dos juros da dívida portuguesa ontem.
No entanto, o economista considerou que a nossa economia não vai escapar a uma recessão em 2011, enquanto o défice deverá agravar-se.
Daniel Bessa, Economista e ex-Ministro do PS, nuns “Encontros Millennium BCP” disse o que tinha que dizer, mesmo reconhecendo-lhe honestidade profissional e coerência política.
E disse, que mudamos de regime, porque o Poder Político deixou-se subordinar ao Poder Financeiro, Bancário e Económico, que é um dos sinais da crise, ou a própria crise.
E como falava numa conferência organizada por uma instituição bancária, a análise não poderia ser sobre a injustiça de serem os Funcionários Públicos, a contribuírem para a manutenção dos Bancos e a sua sobrevivência, e esqueceu-se que foi (ainda será?) Socialista. Pragmatismo qb.
E acrescentou, que agora só boas notícias (esqueceu-se de dizer, “para o sector bancário), porque quando se bate no fundo, ou se morre, ou se vem ao de cima. Elementar…
Mas, fugindo-lhe a boca para a verdade, remata, como Economista que é, que a nossa economia não vai escapar a uma recessão em 2011 (os bancos safam-se), e que o défice deverá agravar-se (e o Zé continuará a pagar).
Então de que servirá o assalto aos bolsos dos funcionários públicos, que servirá para encher os cofres dos Bancos, se o País vai ficar pior?
Arre burros (nós)!
 Regime político, na ciência política, é o nome que se dá ao conjunto de instituições políticas por meio das quais um estado se organiza de maneira a exercer o seu poder sobre a sociedade. Cabe notar que esta definição é válida mesmo que o governo seja considerado ilegítimo.
Tais instituições políticas têm por objectivo regular a disputa pelo poder político e o seu respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que detêm o poder político (autoridade) e os demais membros da sociedade (administrados).

Uma análise da crise, RIGOROSA, LÚCIDA e ISENTA

É um acordar violento. Uma sova de 19 murros no estômago, tantos quantas as medidas apresentadas ontem.
Os políticos falharam-nos. O Governo errou. Sócrates mentiu. Mas ontem isso acabou. Agora nós.
Nós. Nós não temos crédito nem temos credibilidade. É criminoso ter esperado tanto tempo para assumir o problema. Porque agora a cura é mais dura. É um corte profundo, a sangue frio.
Portugal vai iniciar um novo ciclo recessivo. Economia em queda, falências, desemprego, tudo o que esconjurámos. Os aumentos do IVA, os limites das deduções fiscais, os congelamentos das pensões transferem a crise dos desempregados para os empregados. Mas não havia alternativa. Não hoje. Não depois de dois anos perdidos sem fazer contas e a fazer de conta, para ganhar umas eleições e não cair noutras.
Ontem, Sócrates não caiu em si. Ontem, Sócrates caiu de si. Da sua pose impossível, que em vez de inspirar um optimismo reprodutivo transmitiu um irrealismo consumista. Este não é o Orçamento de Sócrates, é o Orçamento de Teixeira dos Santos. Foi o ministro das Finanças quem ontem governou. E só temos a desejar que continue a sê-lo. Porque este pacote acalma os mercados, mas não os faz retroceder de supetão. É preciso que o Parlamento aprove estas medidas, que o PSD obviamente viabilizará, com mais ou menos negociação. E é preciso concretizar as medidas e obter resultados.
Este ano estamos safos. A Portugal Telecom não paga um cêntimo de impostos pelo fabuloso lucro da Vivo, mas paga 750 milhões de euros para tapar o seu fundo de pensões e transferi-lo para o Estado, salvando o défice de 2010. A receita extraordinária de outros tempos, que funciona como antecipação de receitas. O Governo tentara com a banca, mas sem sucesso. Conseguiu com a PT.
É talvez falta de imaginação: receitas extraordinárias de um lado, aumento de IVA do outro. Mas há também o que nunca houve: a redução média de 5% da massa salarial na Função Pública. É quase como perder o subsídio de Natal a partir do próximo ano, mas em prestações mensais. Os funcionários públicos foram sacrificados por causa da incompetência acumulada e consecutiva dos seus gestores, sempre de cima para baixo. Mas só havia outra alternativa: cortar nas pensões. Era pior.
Nos próximos dias, milhares de economistas, comentadores e políticos desfilarão a glória de terem dito que assim seria: eis o Armagedão. Sim, foram milhares. E isso de nada serviu. Hoje somos um país falido. Mas não somos um país falhado. Porque apesar de tanta incompetência governativa, de tanta corrupção, nepotismo, grupos de interesse, de tantos escândalos silenciados, organizações subsidiadas, estranhos financiamentos partidários, mordomias e regalias, ineficiências e má gestão, temos outras coisas de que nos orgulhar. Sobretudo as que não dependem do Estado. Casos de inovação, exportação, investimento, descoberta.
Sim, é um acordar violento. Isto não é o princípio de um pesadelo, é o fim de um sonho. Sem pradarias nem trevas, apenas os pés no chão. O que fazer? Dizia ontem o ministro das Finanças: "estamos todos juntos nisto." Nestas alturas, somos sempre todos iguais. Eles contam connosco. E nós não contamos com mais ninguém.
Mãos à obra. Eles não fizeram o seu trabalho. Façamos nós o nosso. Restamo-nos. Bastemo-nos.
Pedro Santos Guerreiro

Debate quinzenal e uma notícia de leitura muito dúbia

José Sócrates deixou Francisco Louçã sem resposta. Nem sobre o aumento do desemprego em 2011 nem sobre o caso da empresa que mais exporta em Portugal “e não paga um cêntimo” de impostos. Nem sobre o facto de a PT ir pagar “apenas” 0,1% de impostos pela operação da Vivo. O que o líder do Bloco de Esquerda queria provar, no debate quinzenal de hoje, no Parlamento, era simples: os trabalhadores é que pagam a crise e os grandes pouco ou nada pagam.
O deputado e líder bloquista perguntou sobre o impacto no desemprego às medidas extraordinárias que passam por cortes de salários e aumentos de impostos, mas o primeiro-ministro nada disse. No debate quinzenal, Sócrates admitiu algum efeito recessivo das medidas, mas nada disse sobre o desemprego. Louçã tirou a conclusão: “Ao nada dizer sobre o desemprego, está a dizer-nos que vai continuar a aumentar”.
Sobre a PT calculou que, se pagasse o imposto normal, a receita seria equivalente ao previsto do aumento de dois pontos do IVA. E Francisco Louçã deu o exemplo de uma empresa de consultadoria e auditoria sediada no offshore da Madeira, Wainfleet, com apenas três funcionários, com um volume de vendas 2900 milhões de euros. “Não tem pago um cêntimo sobre os seus rendimentos”. Disse o deputado do BE.
Na resposta, o primeiro-ministro apontou um “esquecimento” a Louçã: nada ter dito sobre a criação de um imposto sobre a banca nas medidas extraordinárias anunciadas na quarta-feira.
E fez uma promessa sobre os fundos de pensão da PT e é que nada custará aos contribuintes portugueses.
1 - Quando lemos o Título, não temos dúvidas de que houve um diálogo entre Sócrates e Louçã e que ambos falaram sobre quem paga a crise, mas fica a dúvida.
2 - Passando ao Lead (em que se tenta responder a 6 perguntas: quem, o quê, onde, quando, porque e como), que podemos considerar o resumo do corpo da notícia (e pode conter um Sub-lead), lemos de imediato que, “José Sócrates deixou Francisco Louçã sem resposta” e pensamos “das duas, uma”, ou Sócrates deixou o Louçã embasbacado, ou Louçã não respondeu às questões que Sócrates lhe colocou, por não ter resposta, ou por não ter tempo.
2.1 - O resto do Lead, ou Sub-lead, a confusão é idêntica porque seguimos com a mesma dubiedade, sem podermos tirar conclusões, sobre as questões discutidas, mas sobretudo, quem “ganhou” a quem.
2.2 - Na última frase do Lead, quando se diz que, ”O que o líder do Bloco de Esquerda queria provar…”, presume-se que queria, mas não provou (eventualmente porque não teve argumentos).
3 -Passando ao corpo da notícia, em que se deve desenvolver gradualmente a informação, cada vez mais elaborada e detalhada em cada parágrafo, apesar de cada parágrafo ser mais sucinto do que os parágrafos do Lead, no primeiro e segundo parágrafo está claríssimo que foi Sócrates que nada disse, sobre as questões e os argumentos de Louçã.
No terceiro e quarto parágrafo, percebe-se que a resposta de Sócrates a Louçã, foi “chutar para canto”, respondendo genericamente e sem qualquer quantitativo.
O último parágrafo termina com uma promessa de Sócrates, o que nos deixa também uma dúvida sobre a validade da mesma, já que o incumprimento de promessas tem sido o âmago dos mandatos do PM.
Resumindo, ou estamos atentos e lemos o artigo todo e mesmo assim não chega, ou corremos o risco de estarmos a ler o jornal de pernas para o ar, passando aos olhos do outros por analfabetos, ou por quem fez a notícia, por incautos. Em contrapartida, o jornalista corre o risco de ser classificado profissional ou casuisticamente.
E no final, quem ganhou? Sócrates ou Louçã? Sabemos lá…
Quem perdeu fomos todos nós!
Há muitas notícias muito mais claras do que esta, que sobre estas questões dão razão ao que Louçã disse.
Nota - Não tenho formação jornalística, mas sempre é bom estudar umas coisinhas, durante toda a vida...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Um miminho para o nosso EGO

PORTUGAL, UMA PRAÇA PARA O MUNDO 
Filme que está a ser exibido no pavilhão de Portugal, em Xangai Director: Anze Persin

Protestos: para que conste, seja rastilho e se propague

Os protestos intensificaram-se na Europa frente às medidas de austeridade adoptadas depois da crise da dívida, com destaque para as dezenas de milhares de manifestantes que tomaram as ruas de Bruxelas e uma greve geral na Espanha.
Na capital da União Europeia, 56.000 pessoas, segundo a polícia, mais de 100.000, segundo os sindicatos, protestaram ao som de vuvuzelas e de fogos de artifício para dizer "não à austeridade".
Nenhum incidente tinha sido registado até o final da tarde, mas a polícia de Bruxelas efectuou 218 detenções preventivas, principalmente de pessoas por posse de objectos perigosos.
Os manifestantes eram provenientes principalmente da Bélgica e da França, mas também da Polónia, da Eslováquia e da Alemanha.
"Não se pode acrescentar à crise financeira uma crise social sem precedentes em que os assalariados pagarão o preço", denunciou o Secretário-geral do Sindicato francês CGT, Bernard Thibault.
Depois da crise da dívida, a maior parte dos governos aplica medidas de contenção de gastos e reformas difíceis, como as das aposentadorias, para reduzir seus déficits.
Essas medidas "terão um efeito desastroso sobre as pessoas e sobre a economia", disse John Monks, Secretário-geral da Confederação Europeia dos Sindicatos (CES), que organizou a manifestação. "Os trabalhadores estão nas ruas hoje com uma mensagem clara para os líderes da Europa: ainda é tempo de não optar pela austeridade."
A Comissão Europeia apresentou justamente nessa quarta-feira medidas para punir os países europeus que deixam as suas finanças muito relaxadas.
"As propostas que estamos prestes a apresentar são as melhores para a defesa dos próprios trabalhadores. As políticas sociais não podem pagar os juros da dívida", ressaltou o seu Presidente, Barroso.
Na Espanha, houve uma greve geral para protestar contra uma reforma do mercado do trabalho que facilita as demissões.
Um dos dois principais sindicatos do país, o UGT, assegurou que a greve tinha uma adesão "de mais de 70%" e era seguida por mais de 10.000.000 de trabalhadores no país. Mas o Governo comemorou a "absoluta normalidade" da actividade económica.
Em Varsóvia, capital da Polónia, dezenas de milhares de pessoas também participaram de manifestações, 4.000 em Bor, na Sérvia, 1.000 em Riga, capital da Letónia, e algumas centenas em Haia (Holanda), em Atenas e em Chipre.
Em Portugal, milhares de pessoas, percorreram as ruas de Lisboa e da Cidade do Porto contra a política de austeridade do governo socialista.
Na Irlanda, um homem de 41 anos foi preso depois que um caminhão-betoneira exibindo a frase "Toxic Bank Anglo" bateu no portão do Parlamento, em referência ao banco Anglo Irish Bank, resgatado com recursos públicos.
Os sindicatos não querem parar por aqui. Na França, onde o Governo apresentou nesta quarta-feira um projecto de orçamento que prevê uma redução sem precedentes dos gastos sociais com o objectivo de reduzir o défice, já convocaram uma manifestação para sábado contra uma impopular reforma das aposentadorias.
Perante o saque dos especuladores sobre os países soberanos, que fazem reféns os cidadãos europeus e que assistem ao conflito de interesses políticos/financeiros dos seus representantes, o futuro, apesar de todas as estratégias e tácticas, terá, mais dia, menos dia, a resposta natural, de instabilidade social, com as consequências sociológica e historicamente comprovadas.
A mesma água terá que passar novamente debaixo da mesma ponte.
Já cansa fazermos todos de “homens-estátua”!

ODM: Calma! Faltam 991 anos para terminar o Milénio

Também no campo do combate à SIDA não serão cumpridos os Objectivos do Milénio, constata a Onusida, agência das Nações Unidas para a doença. A cobertura medicamentosa teve progressos, mas ainda não será universal, como prometido, até final de 2010.
O acesso universal a prevenção, medicamentos e cuidados para a sida, na definição acordada para os Objectivos do Milénio, significaria uma cobertura de 80% da população que sofre da doença.
Ainda assim, esse alvo para o final deste ano está comprometido, adiantou já a Onusida, que ontem, terça-feira, divulgou um relatório em parceria com o fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF).
Desde o começo da crise financeira, em 2008, os doadores foram reduzindo ou cessando apoios. Resultado: faltam cerca de 8.000.000.000 de euros.
O relatório da Onusida foi divulgado na ocasião em que se reúne em Atlanta, EUA, a Conferência da Vacina da SIDA 2010. Ali são discutidos os avanços feitos para o desenho de uma vacina contra o vírus da imunodeficiência humana.
Maria Eugénia Saraiva, Presidente da Liga Portuguesa Contra a SIDA, reage a relatório da Organização Mundial de Saúde.
Correio da Manhã – A crise económica tem efeitos negativos no funcionamento da Liga?
Maria Eugénia Saraiva – A crise afecta tudo e todos. Registamos um decréscimo de donativos de empresas nossas associadas, uma diminuição do número de sócios e uma maior dificuldade para o voluntariado. Perante o acréscimo do desemprego, os voluntários dedicam o seu tempo à procura de emprego.
Hoje a SIDA, amanhã todos os outros Objectivos do Milénio (ainda faltam 991 anos para o fim do milénio) e nem todos os familiares dos senhores do mundo estão afectados…
É mesmo uma macacada, como dizem os estudiosos.

Condenar inocentes, conhecendo os criminosos

Jean-Claude Trichet
O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, considerou que "o contexto económico continua muito exigente" e apelou a uma continuação dos esforços de reforma do sistema financeiro.
"Os meus colegas e eu mesmo pedimos perseverança e determinação na reforma do sistema financeiro. O contexto económico continua muito exigente. O tempo da complacência não chegou. Trata-se de permanecer atento, vigilante e muito determinado", disse, num discurso pronunciado durante um encontro financeiro em Bruxelas.
Trichet preveniu que no caso de uma nova crise financeira e bancária, está "convencido" de que não será obtido "o mesmo esforço gigantesco" que permitiu manter o sistema financeiro mundial durante a crise.
Ainda faltava o BCE!
A leitura das palavras de Trichet, agora coadjuvado pelo nosso Constâncio (que continuará a fazer o que aqui fazia e como fazia), vem pôr preto no branco, que:
O problema da crise está no sistema financeiro e bancário a nível mundial;
Reconhece que só há uma via para sair dela, através da reforma do sistema e
Se continuar tudo como antes, não haverá mais “esmolas” para os especuladores.
Que o problema é sistémico, nem eles têm dúvida.
Que a regulamentação em todas as áreas que têm tentáculos na globalização, é uma exigência imperiosa, também sabem.
Que nem os ricos já suportam esta mamata flagrante de alguns, também desconfiam.
Mas REGULAMENTAR, pondo o poder político em 1º lugar, é que parece que não há HOMENS e ECONOMISTAS decididos a perseguir a solução, provavelmente por falta de uma espécie hortícola, talvez porque até para isso há cotas.
A moeda tem mesmo 2 faces, mesmo nos Bancos Centrais, quer da Europa, de outros Continente, ou Países, provando, até pela notícia, que os políticos (eleitos) se submetem as estes senhores. Afinal quem manda?
Assim, estamos Trinchados!!!

E o FMI, a UE e a OCDE não valorizam isto?


  
O Ministério da Educação está a tentar combater a falta de auxiliares e assistentes de educação que têm impedido algumas escolas de abrirem as portas no início deste ano lectivo.
Desde o início deste mês já abriu vários concursos para mais de 100 vagas, oferecendo trabalho nas escolas a pessoal não docente, em regime part-time, onde os colocados vão trabalhar entre 3 a 4 horas, a receber 3€ por hora.
No dia 10 de Setembro foi publicado em "Diário da República" a informação da abertura do concurso, neste sistema, de 35 vagas para o Agrupamento de Escolas Boa Água, na Quinta do Conde, para "vigilância, limpeza, arrumação".
As três escolas deste agrupamento apenas contavam com três funcionários para garantir a segurança e o bem-estar de cerca de 800 alunos, que tinham o primeiro dia de aulas marcado para a última quinta-feira.
Mais 154 vagas em 3 dias
Segunda-feira foi divulgada a abertura de mais 75 lugares em estabelecimentos escolares em todo o país, neste mesmo sistema laboral que o ME promove.
Ontem, foi conhecido mais um concurso para 46 vagas em 9 escolas ou agrupamentos em todo o país.
O "Diário da República publica hoje novos concursos para as mesmas funções, mas o número de vagas volta a descer. São mais 33 vagas totalizando, desde o início da semana, 154 vagas de trabalho temporário.
Cada concurso oferece um horário entre 3 a 4 horas, mas todos são remunerados a 3€ por hora.
A falta de auxiliares e assistentes de educação tem sido denunciada desde o início do ano lectivo por Associações de Pais, Sindicatos, Professores e Autarquias. Terão sido os cortes orçamentais a principal razão para a não renovação dos vínculos dos funcionários das escolas, que terminaram em Agosto deste ano.
Agora, os contratos temporários, a 3€ à hora, parecem serem a solução do ME para contornar a falta de auxiliares nas escolas de Portugal.
O único comentário que me sai é: “Viva a fartura, que a fome ninguém a atura!”.Ainda vamos à bancarrota e lá se vai o “estado social”… porque na china ainda pagam menos por dia e demos “Graças a Deus que vivemos num Continente civilizado e humanista, em que o homem é o centro de atenção dos seus representantes democráticos.
E vamos lá a emendar a língua! Não é Auxiliares de Educação, agora (mesmo ganhando menos) chamam-se “Agentes Operacionais”!
E quando agendei a notícia, estava longe de imaginar que a "peste" se ia alastrar por todos os Funcionários Públicos, mas temos tempo de ir falando, desopilando...

Lance a consciência social para cima das suas costas

A Lancia está presente no Atrium Saldanha, em Lisboa, até 1 de Outubro, entre as 10:00 e as 22:00, de forma a sensibilizar quem visite este espaço para valores e temas que merecem o devido destaque nos tempos que correm.
A cada dia da semana será dedicado um tema diferente, sempre enquadrado com os valores da marca:
27 de Setembro - “Lancia com a Liberdade” - o objectivo foi realçar este grande valor humanístico. A Lancia, exprime este valor, através do apoio ao movimento de libertação da Aung San Suu Kyi, laureada do Prémio Nobel da Paz de 1991, que está presa no seu próprio país.
28 de Setembro - “Lancia com Estilo” - o objectivo foi dar visibilidade às novas gerações de criadores e, desta forma antecipar as novas tendências.
29 de Setembro - “Lancia com a Diferença”, foi um dia para realçar a importância das Empresas Familiarmente Responsáveis, querendo evidenciar a importância que tem a conservação do potencial humano crítico de uma empresa, através de uma gestão que pacifique as relações laborais, aumente a motivação e ao mesmo tempo a produtividade dos seus colaboradores.
30 de Setembro - “Lancia com o Voluntariado e a Justiça Social” - vai ser um dia em que será evocado, juntamente com o “Dia Internacional Nelson Mandela” e como tal, um dia com o objectivo de destacar que o Voluntariado e a Justiça Social contribuem para a melhoria da qualidade de vida e do bem estar das populações.
1 de Outubro - “Lancia com a Paz” – trará à tona um dos temas mais importantes da actualidade, no qual o apoio da Lancia à candidatura da Internet ao Prémio Nobel da Paz 2010 será debatido por vários intervenientes, de forma a gerarem-se argumentos enriquecedores que tragam uma mais-valia aos presentes.
Pela demonstração do sentido da Responsabilidade e Consciência Social da Empresa, merece a publicidade e que as outras empresas rodem pelas mesmas estradas…