O director-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, advertiu, que Portugal vai sofrer fortes medidas de austeridade e levar muito tempo a sair da recessão económica.
“Preferimos ir pela via do ajustamento orçamental. É um processo mais longo, demora mais tempo, mas é mais realista que outros caminhos, por isso não iremos exigir que vá à velocidade máxima”, disse.
Acrescentou que “não é possível um país gastar mais do que tem durante muito tempo”. “Foi o que aconteceu em Portugal. Não me compete a mim apontar o dedo, mas foi o que aconteceu e agora vocês têm de entrar nos eixos, de uma maneira ou outra”, frisou.
Para Strauss-Khan, Portugal tem que se tornar mais produtivo, competitivo e aumentar as exportações de longo prazo, sendo esta a única forma de o país voltar ao crescimento. “Há muitos países na Zona Euro que aumentaram a sua competitividade nos últimos anos, e não só a Alemanha, que é o exemplo mais usado, e não há razão para que Portugal não o consiga fazer”, disse ainda.
"Esteve cá o FMI 2 vezes, é bom não fazer um bicho-de-sete-cabeças que não o é. O presidente do FMI, Dominique Strauss Kahn é um líder socialista, não é um conservador nem é um neoliberal", afirmou o ex-presidente da República e só espera que os partidos se entendam em nome do interesse do país.
Como primeiras palavras e lendo nas entrelinhas, quando Kahn diz que não nos vão exigir a velocidade máxima (para pagamento dos empréstimos) e vão procurar outros caminhos mais realistas, embora a “viagem” demore mais tempo, já não é mau…
Já quanto a Portugal se tornar mais produtivo, competitivo e aumentar as exportações de longo prazo e mesmo dizendo que não há razão para que não o consigamos fazer, já começamos a ter dúvidas, pelo conhecimento que todos temos dos “investidores” cá da casa, que nada, ou pouco investem na produção e fazem a vida à custa da distribuição. E assim nunca sairemos da cepa torta. O tão apregoado e incentivado empreendedorismo é só para quem não o tem e quem não o tem, não vai ter os empréstimos necessários e assim sendo…
Descansa-nos um bocadinho saber que Kahn é um líder socialista (francês) e que não é conservador nem neoliberal, para além de ser doutor em economia pela Universidade de Paris, com formação em direito, em administração de empresas, em ciência política e em estatísticas e que como académico, fez investigação em comportamento doméstico de poupança, finanças públicas e política social. Pode não servir para nada, mas pode ajudar a ver o mundo e o nosso país de uma forma mais humanizada.
Mais fé…
Mais fé, mas também mais verdade, honestidade, perseverança, esforço, brio... e o mais que for necessário.
ResponderEliminarOs tempos que vivemos são difíceis.
Anabela
ResponderEliminarÉ o que esperamos. Pelo menos a verdade e a receita (de produtos naturais) para não estragar a digestão...
Mais difíceis para uns, sempre fáceis para poucos.
A ver vamos, como dizia o cego...
Para o Dr Mário Soares , o bicho até nem tem cabeça nenhuma. Bem acomodado na vida, com as mordomias que os parolos dos tugas lhe pagam ( à respectiva família e respectiva Fundação),a este sr não faz qualquer diferença que venha o FMI ou outra coisa qualquer. Estes acontecimentos até vêm a calhar para mandar mais uns bitaites e mostrar que ainda anda por aí.
ResponderEliminarE o povo pá? Para o povão, o bicho tem muiiiiitas cabeças!
maria
ResponderEliminarAmanhã sai um post sobre o Sr. Kahn, que pelos vistos é mesmo socialistas (não sei se dos antigos, se dos de antigamente), mas valha-nos ao menos a visão humanista que lhe escorre. Só fiquei com a pulga atrás da orelha, porque em França, dizem que se ele for eleito Presidente da República, sai do euro...
Para o povo, venha o que vier, o bicho terá sempre muitas cabeças e o Hércules já morreu...