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quarta-feira, 12 de março de 2014

…ou seja, “A minha terra não é inefável./ A vida na minha terra é que é inefável./ Inefável é o que não pode ser dito.” - Jorge de Senna

O manifesto de 70 personalidades a favor da reestruturação "é uma proposta radical" para o "óbvio indizível", o de que o Estado não consegue pagar a "monstruosa" dívida pública nas condições atuais, diz Pedro Santos Guerreiro.
A dívida pública portuguesa é hoje superior a 200.000 milhões de euros e, com as novas regras europeias de contabilização, superará na verdade os 130% do PIB português em breve. Para conseguir baixar este nível para os 60% do PIB seria necessário, como escreveu este fim de semana o Presidente da República, um crescimento de 4% (nominais) do PIB e um excedente primário (saldo positivo orçamental antes de juros) de 3% em cada um dos próximos 20 anos - o que nunca foi conseguido nem em 1 dos últimos 40 anos. Esta equação revela o que muitos economistas têm vindo a dizer: é impossível pagar esta dívida pública nos prazos e taxas de juros atuais.
Uma reestruturação é um outro nome para perdão de dívida, acrescenta Pedro Santos Guerreiro. E é uma forma radical, que por si só implicaria uma perda generalizada, não só para aquilo a que chamamos mercados (grandes investidores internacionais, como fundos de investimentos e fundos de pensões), mas também para a os credores institucionais (a troika: Comissão Europeia, BCE e FMI) e para... portugueses: bancos, aforradores, Fundo da Segurança Social. Há outras formas de perdão, que aliás têm nomes menos drásticos. As formas mais prováveis aliás são as menos claras, acrescenta: mutualização indireta, extensão de prazos, descida das taxas de juro, formas, aliás, de que Portugal tem beneficiado.
Veja o comentário de Pedro Santos Guerreiro na íntegra no vídeo:

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