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quinta-feira, 21 de junho de 2012

+ “despedimentos” - subsídios = “direitos adquiridos”

A recente subida do desemprego valida as opções políticas do Governo, revela o estudo do Executivo.
O Governo garantiu que as novas regras do subsídio de desemprego iriam manter os direitos adquiridos, mas ainda assim houve quem preferisse despedir ou ser despedido antes da entrada em vigor da nova legislação, para assegurar um subsídio de desemprego mais elevado.
Esta é uma das conclusões do relatório "A evolução recente do desemprego", que o Governo divulgou. "O efeito antecipação face às alterações anunciadas no valor do subsídio de desemprego poderá explicar parcialmente o aumento da taxa de desemprego", refere o documento disponibilizado pelo Ministério da Economia e Emprego. "A evidência disponível para o período entre o 3º trimestre de 2011 e o 1º trimestre de 2012 parece apontar para este facto", diz o estudo. Isto porque, "o peso dos novos beneficiários de subsídio no total dos novos desempregados aumentou de 50% para 56%", "o número total de contratos terminados por mútuo acordo entre o empregados e o trabalhador aumentou para o dobro" e, por fim, "o peso dos novos subsidiados com a duração de prestação de desemprego mais elevada (igual ou superior a 540 dias) aumentou de 30% para 40%".
As novas regras do subsídio de desemprego, que entraram em vigor a 1 de Abril, prevêem que quem pediu o subsídio depois daquela data tem direito no máximo a um apoio de 1.048 euros. Quem pedisse o subsídio, por exemplo em Março, tinha um tecto de subsídio mais alto, de 1.257,66 euros. Além disso, o corte adicional no subsídio 6 meses depois de o começar a receber não se aplica a quem solicitou o apoio antes das novas regras. Nos restantes aspectos da lei - como a duração do subsídio de desemprego -, o Governo assegurou a manutenção dos direitos adquiridos. 
Blá, blá, blá, números para aqui, números para acolá, mas o que sobressai do estudo do Executivo é que realmente estão a conseguir os objetivos ocultos que pretendiam.
Diziam e dizem que o embaratecimento dos despedimentos por mútuo acordo ou não, garantia os direitos adquiridos dos trabalhadores e administradores (que também trabalham) e não enganaram ninguém, porque ninguém ficou impedido de se despedir e de ser despedido…
Diziam e dizem que o embaratecimento dos despedimentos dos trabalhadores e administradores (que também trabalham) por mútuo acordo ou não, era um método eficaz para a competitividade, o que ficou provado pelo encerramento contínuo de empresas e sem que os estrangeiros viessem (ou venham) a investir em Portugal…
Diziam e dizem que o embaratecimento dos despedimentos dos trabalhadores e administradores (que também trabalham) por mútuo acordo ou não, ajudaria a reduzir as taxas do desemprego, mas o que se notou, mesmo antes de a medida entrar em vigor, foi o contrário e (des)controladamente…
Como se verifica, o efeito conseguido com o embaratecimento dos despedimentos dos trabalhadores e administradores (que também trabalham), por mútuo acordo ou não, mais a redução dos subsídios de desemprego, foi a aceleração dos despedimentos por mútuo acordo ou não, que beneficiando os empregadores e minimizando os estragos dos (des)empregados, serviu que nem uma luva a quem prefere um passarinho na mão…
Resumindo e concluindo: quanto mais despedimentos por mútuo acordo menor a taxa de desemprego (sucesso!), quanto menos desempregados menos subsídios (sucesso!), quanto menor o subsídio de desemprego mais poupança (sucesso), quanto mais nos enganarem menos infelizes andaremos (sucesso), só que a realidade não é feita de números, nem de blá, blá, blá e as pessoas é que sofrem com o que se lhes tira ou não dá… Insucesso!
Sucesso para o governo (bom aluno), insucesso para os cidadãos (os bombos da festa), que ainda por cá estão (a estragar as estatísticas)…
Quod erat demonstrandum!

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