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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Estamos a conseguir? Yes, we can’t!

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego em novembro subiu 6,7% face ao mesmo mês de 2010 e 2,9% face a outubro, indicam os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional. De acordo com os dados do IEFP, os 583.420 desempregados inscritos representavam 84,6% dos 689.844 pedidos de emprego nesse mês, o que representa uma subida de 36.494 desempregados face a novembro do ano passado e mais 16.170 de outubro para novembro deste ano.
O aumento do desemprego afetou mais os homens do que as mulheres e mais os jovens do que os adultos.
Mais de 50% dos jovens com menos de 25 anos ganha menos de 500 euros, assim como um 25% dos jovens entre os 25 e os 34 anos, sobretudo porque têm empregos precários e de baixa qualificação.
O poder de compra dos portugueses é apenas de 80% da média da União Europeia a 27. 

Os dados revelados pelo INE mostram que Portugal manteve a sua posição relativa em 2010, isto apesar de as economias da Itália e da Grécia terem caído bastante no “ranking” global. À frente da tabela continua a aparecer o Luxemburgo, com um PIB ‘per capita’ quase 3 vezes maior que a média. A Albânia aparece na última posição.
Veja o mapa das paridades de poder de compra na Europa.
A The Economist Intelligence Unit defende mais austeridade em Portugal com recurso a aumento de impostos.
"Esperamos que seja necessário mais financiamento oficial em 2014-16, já que as finanças públicas vão continuar em desequilíbrio durante este período e o nível de credibilidade de Portugal não será considerado suficientemente para regressar aos mercados", lê-se no documento. Segundo a EIU, Portugal deverá registar um défice de 6% do PIB em 2012, e não de 4,5%, como está acordado com a ‘troika', e um ano depois, quando termina o programa de ajuda, o défice ainda estará nos 5%. Só em 2016, o desequilíbrio das contas públicas será inferior ao limite definido pelos critérios de Maastricht (2,5%). Estas previsões claramente mais pessimistas do que as do Executivo são explicadas pela EIU pelas fracas perspectivas de crescimento da economia.
"Prevemos uma redução gradual do défice em 2012-16, abrandada pela economia fraca, que reduzirá as receitas fiscais", sublinha a EIU. E quanto ao objectivo para este ano, será cumprido graças ao recurso a medidas extraordinárias, como o fundo de pensões da banca, que segundo o próprio primeiro-ministro permitirá obter um défice inferior a 4,5%.
Se as reformas para aumentar a produtividade, como mais meia hora de trabalho diário, deverão resultar em "ganhos modestos", as alterações ao sistema judicial vão esbarrar numa área "particularmente intratável". A EIU reconhece que as políticas levadas a cabo pelo Executivo vão ser alvo de grande contestação social, até porque representarão "uma rápida queda nos padrões de vida" e, por isso, admite que "a estabilidade política ficará sob pressão".

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