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domingo, 26 de junho de 2011

Um “bluffezito”, que pode denunciar o(s) jogador(es)…

Os membros do Governo não pagam bilhete na TAP quando viajam em serviço e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, não poupou dinheiro ao Estado com a sua opção de viajar em classe económica.
Esta prática já vem de longa data, mas a TAP (uma empresa pública) não quis explicá-la. Todos os membros do Governo, estão isentos de pagamento das viagens em serviço na TAP (tal como acontece também na CP), o que já não acontece com os membros dos seus gabinetes, cujos bilhetes são pagos e normalmente já viajavam em económica. Se houver necessidade de membros do Governo viajarem noutras companhias aéreas, a nova política de Passos Coelho já levará a poupança de verbas.
Passos Coelho confirmou que ele próprio e todos os restantes membros do Governo viajarão para a Europa sempre em classe económica, para “dar o exemplo”, cumprindo uma promessa que tinha feito antes das eleições.
Contactado o gabinete do PM, um assessor não quis comentar o assunto, tendo adiantado que a fuga de informação não partiu do Governo.
Ao pôr os membros do Governo a viajar em económica para os destinos na Europa (não se sabe como será no longo curso), Passos Coelho não poupa directamente dinheiro, mas liberta lugares em classe executiva, na TAP, permitindo que a empresa venda bilhetes nessa classe.
Esta notícia já me obrigou a retificar comentários que fiz noutros blogues, porque a notícia foi veiculada, quer nos jornais, quer na blogosfera, conforme os informadores gostariam que tivesse acontecido.
A última versão, que me permitiu vislumbrar o sentido e o alcance da decisão foi esta, que diz que os membros do Governo não pagam bilhete na TAP, nem na CP (por serem empresas públicas). E perante isto só se pode dizer que alguém fez bluff, e se o governo adiantou que a fuga de informação não partiu dele e a TAP nada quis explicar, sendo o governo sério, a TAP está a comprometer-se, sem se saber com que objetivo…
Numa análise superficial, diríamos que estamos perante mais um “fait divers”, seguramente com intenção desviante, porque afinal de contas, não houve poupança nenhuma para o Estado e ficou só o simbólico da atitude, que teria a força do exemplo, com pretendia PPC, mas que ao avalizá-la, dizendo que não era para fazer alarde”, fica comprometido com um método de jogos de sorte e azar, que aplicado à política, trará sorte a uns e azar a muitos…
Mas pensando-se que a TAP ainda é uma empresa pública, que vai ser privatizada, não será um período de aquecimento para se irem habituando a esta franciscanice, que acaba por ser “publicidade” enganosa? Na situação atual, parece que quem ganhou com o “exemplo” foi a TAP, ao ter disponíveis mais lugares para venda, da executiva, e ceder os melhores lugares a quem mais ganha e mais pode do que os membros do governo…
E nesta perspetiva, o “exemplo” que se queria simular de BOM, parece mau presságio e deixa pouco a desejá-lo…
Vai daí… Quando o governo diz que não vai de férias e que os portugueses até podem ir descansados, cuidado com as apostas, porque pode haver trunfos na manga e quando regressarem, já todos lerpamos…

4 comentários:

  1. Vamos lá ver se não é como o seu amigo D. Barroso, que apareceu de carrinho eléctrico na cimeira da NATO, mas, como se sabe, gasta rios de dinheiro nas suas viagens oficiais (quando não tem tantas objectivas no seu perímetro).

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  2. Apesar de tudo o que possam dizer, achei que foi uma boa medida! E, já agora, porquê que os funcionários do Ministério da Justiça não pagam os transportes que utilizam - será isto justo?

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  3. Luís Costa
    O D. Barroso e o D. Sócrates, não merecem a minha "amizade", nem o meu respeito, nem como pessoas, nem como governantes. O D. Passos, com estes truques (eu sou jogador de cartas) vai pelo mesmo caminho, mas no caso, bem precisava de lhe ver jogo.
    Poder é Poder, para não escrever Farmácia é Pharmácia!

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  4. Caro Anónimo
    Eu comecei por achar, mas depois de desembrulhado o "negócio", só pode ser um simbolismo para bacoco...
    Não sabia dos Funcionários do MJ, mas se a CP e a TAP são nossas (por enquanto) por que não? Quando fui tropa, também pagava uma ridicularia na CP. A sacar, tem que ser para todos, desde que seja a trabalhar para a nação...

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