"Não se compreende como é que um país da União Europeia tem de recorrer à ajuda do FMI, quando tem um sistema estatístico e contas credíveis", afirmou João Proença, secretário-geral da UGT, referindo que o recurso ao fundo era evitável.
O sindicalista acusou o FMI de ter uma cultura de liberalização quase total do mercado e de aplicar políticas de privatizações e despedimentos na administração pública em todos os países onde intervém.
"Concordo que tem de se reduzir o défice público, mas não com políticas impostas por pessoas alheias à realidade portuguesa", disse ainda Proença.
Ponto prévio – Nunca concordei que os sindicalistas ao mais alto nível, fossem militantes e muito menos dirigentes partidários e pronto!
E daí esta justificação de JP de que não precisávamos da “ajuda”, só porque há um sistema estatístico e contas credíveis, mas pelos vistos não há dinheiro, mesmo que o sistema estatístico e as contas demonstrassem que havia. E esta prática da leitura da realidade baseada em estatísticas, cola-se à do governo e também à troika, embora desta vez não tenham dado jeito…
Já toda a gente conhecia a “chapa 8” do FMI (afinal não é o FEEF!) que passa pelo tratamento dos que trabalham como “coisas descartáveis”, pela apropriação dos privados dos serviços (mesmo que dêem prejuízo) que qualquer Estado tem obrigação de prestar aos seus cidadãos e contribuintes e pela consequente redução dos Funcionários Públicos, entretanto deslocalizados para o setor privado, já com as regras adaptadas à “reciclagem”, faltando ainda referir o reforço do poder da banca, que como se vê é o suporte da economia (embora esteja na origem da crise)…
Embora JP, agora, reconheça que há défices que é preciso reduzir e dívidas a pagar, temos que concordar que não pode ser o credor a impor as políticas nacionais, porque a soberania tem propriedade e é portuguesa.
“O que nós dissemos é que recusamos as medidas de austeridade que condenam o país”, afirmou Carvalho da Silva. A CGTP revela que apresentou medidas concretas para combater a crise, que assentam em 3 pontos: “Resolver o défice, o endividamento, com crescimento económico e politicas para evitar a ruptura social”.
Neste contexto, o líder sindical sustentou que o “prazo para redução do défice deverá ser para 2016” e que a taxa de juro cobrada a Portugal dever ser “honesta, não pode ser o triplo do que os outros pagam”.
“Portugal tem que ter medidas de crescimento económico através da dinamização de um programa nacional, nomeadamente, no sector primário” e reforçou que só o crescimento levará Portugal para fora da crise, frisando que “não podemos ter qualquer saída da situação em que estamos comandados pelo setor financeiro”, disse.
Questionado sobre a atenção da troika às propostas da CGTP, o sindicalista respondeu: “Não vi nenhum deles com os ouvidos tapados, acredito que tenham ouvido”.
Já CS vai direto ao assunto, quando diz que recusam as medidas de austeridade e que aceitam resolver o problema do défice e pagar as dívidas, mas com crescimento económico que permita ganhar o dinheiro necessário para tal, acompanhado de medidas políticas que evitem a ruptura social e consequentes conflitos, naturalmente com mais tempo............
Ficou a ameaça e as sugestões, mas se CS ficou convencido de que o ouviram, deve-se ter enganado, porque os interlocutores só vêem gráficos, estatísticas e contas, caso contrário seriam músicos…
Proposta em causa vai ser apresentada na reunião que vai ter lugar esta terça-feira com a delegação do FMI.
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal vai propor que o salário mínimo não seja actualizado para 500 €/mês. A proposta vai ser apresentada na reunião com a delegação do FMI, BCE e CE.
Para nossa vergonha, a única medida de salvação do país, para os patrões (empreendedores) portugueses, são os 15 € por mês, que este ano não deram a quem lhes mete o dinheiro no bolso e que também não querem dar para o próximo ano. Nem são precisas estatísticas para provar o descalabro de tal medida…
Esta, os Srs. da troika vão ouvir de certeza, e nunca mais se vão esquecer, mas vão ficar com a certeza de que com gente desta, a pensar tão baixinho, realmente vai ser difícil sairmos do buraco!
Como militante socialista, JP não poderia dizer outra coisa. Já CS,parece-me mais preocupado com os trabalhadores do que JP, este último tão cumplicesinho das medidas laborais adoptadas pela sua camarada de partido e ex- dirigente da UGT,que dá pelo nome de Helena André.
ResponderEliminarQto aos empresários,muitos deles com fortunas colossais,pagar um salário mínimo miserável representa um esforço brutal! Logo esta gente que se puder está sempre à cata de subsídios do estado e fogem aos impostos como o diabo da cruz. Gentinha nojenta, hein?
maria
ResponderEliminarPois! Mas ninguém os vai ouvir, a não ser quando forem para a rua e se forem muitos gritar e a partir a loiça toda...